Brasil

Crise hídrica pode piorar, diz novo presidente da Sabesp

Ao tomar posse, o novo presidente da companhia, Jerson Kelman, disse que a crise hídrica que atinge o estado pode se agravar nos próximos meses


	Trabalhador da Sabesp caminha no chão rachado de represa
 (Nacho Doce/Reuters)

Trabalhador da Sabesp caminha no chão rachado de represa (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 15h20.

São Paulo - Ao tomar posse, no início da tarde de hoje (9), o novo presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, disse que a crise hídrica que atinge o estado pode se agravar nos próximos meses.

“Seria irresponsabilidade no quadro que a gente está hoje, 9 de janeiro, olhar para frente com otimismo. Temos que estar preparados para o pior”, destacou em seu pronunciamento.

Kelman disse que já passou instruções para reduzir ainda mais a retirada de água do Sistema Cantareira, que opera com 6,7% da capacidade dos reservatórios.

O novo presidente assumiu que a medida deverá afetar ainda mais os consumidores. “Inescapavelmente, teremos algum tipo de sofrimento pela população”, ressaltou sobre os transtornos causados pela redução da pressão e volume, principalmente para os moradores de locais mais altos.

Segundo ele, a medida é necessária devido à gravidade da crise. Kelman disse que até 2014 o pior cenário enfrentado pelo Sistema Cantareira havia ocorrido em 1953, quando a vazão média de entrada de água no sistema chegou a 56% da média histórica.

“No ano passado nós tivemos 25%. Foi menos da metade do pior que já tinha acontecido”, enfatizou.

Por isso, de acordo com o presidente da Sabesp, não havia possibilidade de o Pode Público se preparar adequadamente para o problema. “Nenhum administrador público, de qualquer nível, seria considerado prudente se fizesse um sobreinvestimento tão grande para enfrentar algo que nunca tinha sido observado”, defendeu.

Ontem (8), a Sabesp anunciou a cobrança de sobretaxa de 40% a 100% para os consumidores que superarem a média de gasto de água entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

Segundo os critérios publicados no Diário Oficial do Estado, se o consumo ultrapassar em até 20% a média do período será considerado para efeito de cálculo um acréscimo de 40%. Acima de 20%, a quantidade calculada terá adicional equivalente ao dobro. A medida vale para 43 municípios, incluindo a cidade de São Paulo e vários municípios da região metropolitana.

Acompanhe tudo sobre:Águacidades-brasileirasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstado de São PauloEstatais brasileirasMetrópoles globaisSabespSaneamentosao-pauloServiços

Mais de Brasil

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje