Brasil

Crime contra presidente da Alerj foi atentado, diz irmão

Deputado Paulo Melo sofreu uma fratura exposta no pé direito e passou por duas cirurgias

Presidente da Alerj e do Fórum, deputado Paulo Melo (PMDB) (Rafael Wallace/Alerj/Reprodução)

Presidente da Alerj e do Fórum, deputado Paulo Melo (PMDB) (Rafael Wallace/Alerj/Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 11h18.

Rio de Janeiro - O irmão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), Jaime Melo, acredita que a invasão ao sítio em Rio Bonito, no sábado (21), foi um atentado.

O deputado sofreu uma fratura exposta no pé direito e passou por duas cirurgias.

"Tudo leva a crer que tenha sido, pelas características, como pedras deixadas ao longo da estrada, e pelas informações dadas por algumas pessoas que saíram do sítio poucas horas antes do ocorrido, que possa ter sido atentado. Em um assalto, as pessoas não vão direto aos seguranças. Esses bandidos foram direto (na direção dos sargentos Marcelo Ferreira Neves e Edgar Antunes Leite) com a intenção de chegar ao alvo (Paulo Melo)", afirmou Jaime, que é presidente da Fundação Santa Cabrini, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

Ele não apontou ninguém como mandante ou executor do crime. "Não posso levantar qualquer suspeita sobre ninguém. A polícia está apurando o que aconteceu". 

Ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado informou que acredita ter sido uma ação de assaltantes, e não crime político.

Em junho de 2010, ele denunciara no plenário da Alerj ter sofrido ameaças de morte por parte de um miliciano que atua na zona oeste do Rio.

O estado de saúde do deputado é estável. Ele passou por uma cirurgia de emergência no Hospital Darcy Vargas, em Rio Bonito, e foi transferido de helicóptero para o Copa D'Or, no Rio, na manhã de domingo, onde foi operado pelo ex-secretário estadual de saúde Sergio Côrtes, médico especializado em cirurgia ortopédica. Jaime afirmou que Paulo precisou de enxerto na sola do pé e no dedão direito, o que não foi confirmado pela assessoria de imprensa do hospital.

Ainda segundo Jaime, toda a família espera a rápida recuperação do presidente da Alerj. "Vivemos um ano eleitoral e ele precisa estar nas ações próprias da eleição".

"Ele é uma pessoa muito dinâmica, com uma agenda muito intensa. O atentado não abalou a estrutura dele", acrescentou.

Os sargentos Marcelo Neves e Edgar Leite, que trabalham como seguranças do deputado, foram baleados na perna e nas nádegas, respectivamente.

Ambos passaram por "cirurgia de fixação provisória de fratura exposta de membros inferiores", de acordo com a assessoria de imprensa da PM.

Eles seguem internados no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, zona norte do Rio, e o estado de saúde deles é estável.

O sítio do deputado fica a 74 quilômetros da capital. O crime foi por volta das 23h30, após uma partida da futebol com amigos do deputado.

No momento da ação, o presidente da Alerj estava em casa com a mulher, a prefeita de Saquarema Franciane Mota (PMDB). O parlamentar se machucou quando, apavorado, pulou de uma rocha para fugir dos tiros.

A lesão foi tão grave que os médicos chegaram a dizer que ele poderia ter o pé amputado, de acordo com informações passadas por sua assessoria. O caso é investigado pela 119ª DP (Rio Bonito).

Acompanhe tudo sobre:Crimecrime-no-brasilPolítica no BrasilViolência política

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua