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Crescimento da economia no RJ impulsiona abertura de novas empresas

Comércio de roupas e acessórios seguiu liderando o número de estabelecimentos abertos em janeiro, com 262 novos negócios

Sérgio Cabral, governador do Rio: Copa e Olimpíadas deve aquecer economia (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

Sérgio Cabral, governador do Rio: Copa e Olimpíadas deve aquecer economia (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 17h33.

Rio de Janeiro - O total de empresas abertas na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) no primeiro mês deste ano cresceu 13% em comparação a janeiro do ano passado, totalizando 2.871 novas companhias registradas.

O presidente do órgão, vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis), Carlos De La Rocque, atribuiu a expansão ao crescimento da economia fluminense. “É um número que está sempre surpreendendo a gente. Esse crescimento não para”, disse hoje (10), em entrevista à Agência Brasil. O comércio de roupas e acessórios seguiu liderando o número de estabelecimentos abertos em janeiro, com 262 novos negócios.

De La Rocque avaliou que a tendência é de continuidade do processo de aumento de empresas abertas.”A tendência é aumentar, porque vem aí a Copa do Mundo, as Olimpíadas”. Ele acredita que em fevereiro, entretanto, por conta da tragédia ocorrida na região serrana fluminense, o número de empresas abertas deverá sofrer uma diminuição. No ano passado, informou que a abertura de companhias no estado evoluiu 8,7%, englobando 41.025 novos negócios.

O presidente da Jucerja afirmou que a implantação do Registro Mercantil Integrado (Regin) em todos os municípios do Rio de Janeiro reduzirá o tempo de abertura de empresas, que hoje é de 72 horas, para cerca de 48 horas. “Nós estamos nos preparando para a informatização total da Jucerja”.

O Regin é um sistema que permite a abertura de empresas via internet e integra dados das prefeituras, Secretaria de Fazenda estadual e Secretaria da Receita Federal, entre outros órgãos. “Isso ajuda na formalização das empresas. As pessoas estão vendo que isso não é um bicho de sete cabeças, como se apregoa”. Atualmente, o Regin está implantado em 45 cidades fluminenses, das quais 23 já foram capacitadas pela Jucerja.

Por meio de sua delegacia em Petrópolis e em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ), a Junta Comercial seguirá prestando atendimento especial aos empresários prejudicados pelas enchentes de janeiro na região serrana, disse Carlos De La Rocque.

“As empresas perderam os seus documentos. A gente sempre diz que o contrato social é a certidão de nascimento da empresa. Elas estão tirando suas certidões, e nós demos gratuidade para isso”. A Jucerja está expedindo também um documento de interesse das empresas, para que fique registrado junto ao contrato social todo o extravio de livros fiscais e contábeis e demais documentos perdidos na enxurrada.

“É como se fosse um BO [boletim de ocorrência nos distritos policiais]. Fica registrado na Jucerja e pode servir mais adiante para obter empréstimo em bancos, por exemplo”. Esse serviço também é gratuito para as empresas afetadas pelas chuvas na região, ressaltou.

Ontem (9), no primeiro Feirão SOS Empresas, promovido pela Firjan e o governo do estado do Rio, em Nova Friburgo, foram atendidos cerca de 300 empresários da região serrana, de forma geral. Carlos De La Rocque afiançou que a Jucerja pretende participar de todos os mutirões que forem feitos, visando a auxiliar na recuperação dos negócios naqueles municípios atingidos pela catástrofe. “Nós isentamos as taxas da Jucerja nessa região durante seis meses, para facilitar um pouco a vida deles [empresários]”.

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