Linha de montagem de carros no Brasil: País não é a China da América Latina (.)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2010 às 11h46.
São Paulo - Se a economia brasileira continuar crescendo em ritmo acelerado, os ratings soberanos de outros países na região podem sofrer impacto positivo no médio prazo, considerou a agência de classificação de risco Moody's em relatório divulgado nesta segunda-feira.
"O Brasil não é a China da América Latina (...) no entanto, se o desempenho econômico do Brasil se tornar ainda mais um motor regional ao longo dos próximos anos, os países vizinhos sentirão os efeitos positivos no fortalecimento de seus ratings soberanos", disse o analista Sergio Valderrama.
Segundo ele, o crescimento brasileiro estimula a abertura de comércio na América Latina, que cresceu de cerca de 40 por cento do PIB no final dos anos de 1990 para 55 por cento entre 2006 e 2009, o que ainda está abaixo dos 110 por cento da Ásia.
"O boom econômico ocorrendo no Brasil aumentou a estabilidade macroeconômica em outros países da América do Sul, e a melhor perspectiva de crescimento de médio prazo pode ter efeitos positivos diretos e indiretos, devido a grande escala de sua economia", segundo Valderrama.
Os impactos diretos do Brasil em seus vizinhos, diz Valderrama, incluem a maior troca de bens e serviços assim como os investimentos diretos. Já as influências indiretas incluem um sentimento otimista dos mercados financeiros internacionais em relação à região e o fato do Brasil representar um modelo de boas políticas econômicas.
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