Brasil

Cresce percentual de cursos com avaliação satisfatória

Percentual de cursos de ensino superior com desempenho satisfatório, na avaliação do Ministério da Educação, cresceu em 2013


	Ensino superior: percentual de cursos com avaliação 4 e 5 também aumentou
 (Frederick Florin/AFP)

Ensino superior: percentual de cursos com avaliação 4 e 5 também aumentou (Frederick Florin/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 17h53.

Brasília - Cresceu o percentual de cursos de ensino superior com desempenho satisfatório, na avaliação do Ministério da Educação (MEC).

Em 2013, 88,36% obtiveram desempenho satisfatório no conceito preliminar de curso (CPC).

Na última avaliação, feita em 2010, esse percentual foi 79,22%. A lista dos conceitos foi divulgada na edição de ontem (18) do Diário Oficial da União e discutida hoje (19) pelo MEC em entrevista à imprensa.

No total, foram avaliados 4.529 cursos das áreas de saúde, ciências agrárias, ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais militar e segurança.

Como o conceito é calculado a cada três anos, a última avaliação feita ao mesmo grupo, e que serve de base de comparação, é a de 2010.

O CPC avalia o rendimento dos estudantes, a infraestrutura da instituição, a organização didático-pedagógica e o corpo docente. Em uma escala de 1 a 5, são considerados satisfatórios os cursos com conceito 3 ou mais.

O percentual de cursos com avaliação 4 e 5 também aumentou. Com conceito máximo, o percentual passou de 2,03% para 2,64%. Com conceito 4, ele passou de 23,28% para 34,45%. "Tivemos uma melhoria, vamos continuar nessa linha", disse o ministro da Educação, Henrique Paim.

Entre os cursos que tiveram avaliações 4 ou 5, a maioria é ofertada por instituições públicas. "As públicas tradicionalmente têm desempenho superior pelo investimento em pesquisa e em pós-graduação. Embora tenhamos também instituições privadas que estão fazendo esses investimentos. Estamos mirando estimular as privadas para que melhorem as propostas", acrescentou Paim.

Segundo ele, programas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) estimulam que as instituições privadas "busquem essas práticas".

O CPC é composto pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que corresponde a 55% do conceito, pelo corpo docente, que corresponde a 30% e por questionário aplicado aos estudantes sobre as condições do processo formativo, que corresponde a 15%. Os cursos mal avaliados passam por medidas de regulação e supervisão.

Com base no CPC, é calculado o Índice Geral de Cursos (IGC). Ele é feito anualmente e, nesta divulgação, considera o CPC dos cursos avaliados em 2011, 2012 e 2013, para que sejam envolvidas todas as áreas de conhecimento. Em 2013, 81,91% tiveram um desempenho satisfatório.

Na outra ponta do índice, no ano passado, 322 instituições tiveram índice insatisfatório. Elas deverão passar por processo de recredenciamento, quando serão submetidas a uma avaliação in loco e não poderão aumentar o número de vagas nos cursos.

Dentre as instituições, 152 tiveram resultado insatisfatório reincidente em relação a 2010. Elas terão que assinar um termo de saneamento de deficiências para a comprovação de melhorias e sofreram medidas cautelares como a redução de vagas, suspensão de autonomia e suspensão de programas como o Fies, ProUni e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

De acordo com o MEC, a lista com as instituições deverá ser publicada em janeiro no Diário Oficial da União.

Acompanhe tudo sobre:Educação no BrasilEnsino superiorMEC – Ministério da Educação

Mais de Brasil

Gás mais barato? Brasil deve assinar acordo com Argentina para ampliar importação, diz Silveira

Eduardo Suplicy diz que está em remissão de câncer após quatro meses de tratamento

Presidente turco viaja ao Brasil com intenção de defender a Palestina no G20

Datafolha: Oito a cada dez brasileiros defendem demissão de funcionários públicos por mau desempenho