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Cresce altura de criança atendida pelo Bolsa Família

Entre 2008 e 2012, as meninas de 5 anos ficaram 0,7 centímetro mais altas; os meninos, 0,8 centímetro


	Família que usa o Bolsa Família: a altura é considerada o indicador mais confiável de melhora na nutrição da população
 (ROBERTO SETTON /EXAME)

Família que usa o Bolsa Família: a altura é considerada o indicador mais confiável de melhora na nutrição da população (ROBERTO SETTON /EXAME)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 09h02.

Brasília - O maior impacto da melhoria no acesso à alimentação pode ser quantificado em um dado apresentado ontem pelo Ministério do Desenvolvimento Social: o aumento da altura média das crianças atendidas pelo Bolsa Família. Entre 2008 e 2012, as meninas de 5 anos ficaram 0,7 centímetro mais altas; os meninos, 0,8 centímetro.

A altura é considerada o indicador mais confiável de melhora na nutrição da população. O peso, apesar de importante, pode representar aumento não saudável. A altura, no entanto, demonstra que a criança está absorvendo nutrientes suficientes para crescer.

"O peso não é o melhor indicador. A criança pode aumentar o peso, mas não ter o desenvolvimento físico necessário", explica a ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello. O aumento de quase 1 centímetro em apenas quatro anos é creditado diretamente à melhoria no acesso à alimentação e ao acesso à saúde nos primeiros anos de vida.

O estudo feito pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e da Saúde mostra que os pequenos brasileiros mais pobres estão ainda a 1,6 centímetro, no caso dos meninos, e a 1,5, no das meninas, das metas internacionais definidas pela Organização Mundial de Saúde.

No entanto, já estão muito mais próximos das médias nacionais brasileiras. Na população em geral, o padrão aceito é de 109 centímetros para meninos e 108,4 para meninas aos 5 anos. No Bolsa Família, as crianças chegam a 108,6 e 107,9, respectivamente.

O número de crianças com déficit de estatura também caiu em todas as regiões do País, mesmo no Sul e Sudeste, onde, em tese, o déficit alimentar já era menor. Em quatro anos, a proporção de crianças abaixo da altura padrão caiu de 17,5% para 8,5% no País. Na Região Norte, de 26,6% para 14,4%; no Nordeste, de 19,2% para 9,3%.

De acordo com Tereza Campello, o governo tem medido e pesado as crianças semestralmente e as que não atingem os indicadores passam a receber mais atenção. "Estamos aumentando a altura média. Temos muito a comemorar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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