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CPMI do Metrô soa como CPI da vingança, diz Aécio

Para senador, iniciativa de investigar formação de cartel no sistema metroferroviário paulista é resposta à criação da CPMI que investigará a Petrobras


	Aécio Neves: para ele, base do governo tem ampla maioria para impor qualquer CPI sobre qualquer assunto
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Aécio Neves: para ele, base do governo tem ampla maioria para impor qualquer CPI sobre qualquer assunto (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 17h03.

São Paulo - Único tucano a assinar o requerimento pela criação da CPMI do Metrô no Congresso Nacional, o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse nesta quinta-feira que tomou essa iniciativa como "um símbolo".

"Os outros (tucanos) têm seus motivos (para não assinar o requerimento). Eu fiz isso como um símbolo. Mas isso soa mais com uma CPI da vingança", afirmou.

Segundo Aécio, a base do governo tem ampla maioria para impor qualquer CPI sobre qualquer assunto.

Para o senador, a iniciativa de investigar a formação de cartel no sistema metroferroviário paulista em gestões tucanas é uma resposta à criação da CPMI que investigará a Petrobras.

Sobre as críticas feitas pela ex-senadora Marina Silva, vice na chapa presidencial de Eduardo Campos, de que o PSDB estava sentindo "o cheiro da derrota" da candidatura tucana no segundo turno, Aécio disse que não iria cair na armadilha do PT de dividir as oposições.

"O que posso dizer é que, ao longo dos últimos quinze anos, se eu me especializei em alguma coisa, foi em derrotar o PT sucessivamente. Acho que ninguém tem hoje no Brasil um know-how de ter imposto tantas derrotas ao PT como eu", afirmou.

"Com relação ao resultado eleitoral, sobre quem ganha e quem perde, devemos ter a humildade de deixar essa decisão para os eleitores", disse.

Depois de afirmar que concordava "em parte" com o que Marina disse sobre as diferenças entre as candidaturas de oposição, Aécio afirmou que as candidaturas (dele e do ex-governador Eduardo Campos) têm suas diferenças e que não deveria haver receio de debater e discutir essas divergências.

"Como não devemos ter receios de mostrar nossas convergências, e na campanha isso vai ficar claro", disse.

O senador participou hoje de um encontro com empresários do setor de máquinas e equipamentos. Amanhã ele estará em Maceió e em São Luís do Maranhão.

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