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CPMI do 8/1: hacker da Vaza Jato pede ao STF para ficar em silêncio 'absoluto'

Delgatti está sendo ouvido neste momento na Polícia Federal sobre uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça

Ele chegou por volta das 13h na sede da PF em Brasília (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Ele chegou por volta das 13h na sede da PF em Brasília (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de agosto de 2023 às 18h07.

Última atualização em 16 de agosto de 2023 às 18h23.

A defesa de Walter Delgatti, o "Vermelho", hacker confesso de integrantes da Operação Lava-Jato, pediu salvo-conduto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 27, para que ele possa ficar em silêncio na CPMI do 8 de Janeiro. Delgatti é esperado amanhã na comissão parlamentar.

Os advogados afirmam que o hacker pode ser prejudicado se for obrigado a prestar informações. "A presente impetração possui o único propósito de assegurar-lhe o direito ao silêncio absoluto", diz um trecho do pedido. O relator ainda não foi definido.

Delgatti está sendo ouvido neste momento na Polícia Federal sobre uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Ele chegou por volta das 13h na sede da PF em Brasília.

Entenda o caso

O hacker confessou o crime em julho, quando foi preso preventivamente na Operação 3FA, e implicou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A versão é de que ele foi contratado pela deputada para invadir as urnas eletrônicas. Como não teria sido possível, o ataque teria sido dirigido ao CNJ, em janeiro.

Um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), foi emitido. "Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L", dizia o documento.

A deputada, por sua vez, afirma que contratou o hacker para fazer a manutenção do seu site. Ela seria ouvida pela PF no início do mês, mas o depoimento foi adiado a pedido da defesa.

O hacker também alega que se encontrou pessoalmente com Bolsonaro no Palácio do Alvorada, em agosto de 2022, e que o ex-presidente questionou se ele poderia invadir as urnas.

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