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CPMI da JBS vota o relatório da vingança a Janot

ÀS SETE - Apresentado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o texto pede o indiciamento do ex-procurador-geral da República

Rodrigo Janot: relator disse que as provas que embasaram as denúncias feitas por Janot contra o presidente Temer são “frágeis e inidôneas”

Rodrigo Janot: relator disse que as provas que embasaram as denúncias feitas por Janot contra o presidente Temer são “frágeis e inidôneas”

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 06h49.

Última atualização em 13 de dezembro de 2017 às 07h32.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que analisa a delação feita por executivos do frigorífico JBS deve votar hoje o seu relatório final.

Apresentado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o texto pede o indiciamento do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do procurador da República Eduardo Pellela, que foi chefe de gabinete de Janot.

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Os dois são acusados pelo relator dos crimes de prevaricação, incitação à subversão e calúnia ou difamação do presidente da República.

No relatório de 326 páginas apresentado ontem, Marun também pede o indiciamento dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS e sócios do grupo J&F, e do ex-executivo da JBS, Ricardo Saud, e do ex-procurador da República Marcelo Miller.

O relator disse que as provas que embasaram as denúncias feitas por Janot contra o presidente Michel Temer são “frágeis e inidôneas”.

Se for aprovado na comissão, o relatório é encaminhado para os órgãos competentes, incluindo o Ministério Público Federal, que era comandado por Janot e hoje está sob comando de Raquel Dodge.

Um grupo de parlamentares formado pelos deputados Delegado Francischini (SD-PR), João Gualberto (PSDB-BA) e Hugo Leal (PSB-RJ) e pelo senador Lasier Martins (PSD-RS) criticou as conclusões de Marun e pediu vistas do relatório, que deveria ter sido votado ontem.

A intenção é tentar apresentar um voto em separado contra o indiciamento dos procuradores. O voto, no entanto, só será apreciado se o relatório de Marun for rejeitado, o que não deve acontecer, visto que a comissão é majoritariamente governista e foi criada como forma de retaliação aos membros do MP.

Marun é um dos principais aliados do presidente e assume amanhã a Secretaria do Governo, órgão responsável pela articulação política do Planalto. Uma espécie de prêmio por serviços prestados, como sua atuação vergonhosa nesta CPMI.

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