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Ao vivo: CPI ouve vendedor que denunciou corrupção na compra de vacinas

Dominguetti afirma que recebeu pedido de propina de um diretor do Ministério da Saúde em negociação por 400 milhões de doses da AstraZeneca

CPI da Covid: Nem as massas polares esfriaram as temporadas quentes da CPI da Pandemia (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

CPI da Covid: Nem as massas polares esfriaram as temporadas quentes da CPI da Pandemia (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

AO

Agência O Globo

Publicado em 1 de julho de 2021 às 06h00.

Última atualização em 1 de julho de 2021 às 10h20.

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A CPI da Covid decidiu antecipar para esta quinta-feira o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti, homem que se apresentou como representante da Davati Medical Supply — que diz ser intermediária na venda da vacina AstraZeneca — e denunciou um suposto esquema de propina no governo em entrevista publicada ao jornal Folha de S. Paulo. Dominguetti será ouvido no lugar de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que conseguiu no Supremo Tribunal Federal o direito de permanecer em silêncio.

Integrantes da CPI avaliaram que, após a decisão do STF, não valia mais a pena manter a sessão com Maximiano pelo risco de se repetir o ocorrido com o empresário Carlos Wizard, que, nesta quarta-feira, valeu-se da mesma prerrogativa concedida pelo Supremo para não responder às perguntas feitas pelos senadores. A mudança no calendário foi oficializada na noite desta quarta-feira.

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Expectativa do depoimento

A tendência é que Dominguetti reafirme a explosiva declaração de que o então diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias, exonerado após a denúncia, pediu-lhe propina. Ele também terá que explicar por que a empresa não confirma que ele seja seu representante no Brasil, assim como outras suspeitas que marcam a atuação da Davati mundo afora. Dominguetti poderá ainda dar mais detalhes sobre o pedido de suborno atribuído a Dias. Se levou o caso à Polícia Federal e quais provas teria a apresentar.

A reportagem da Folha de S. Paulo afirma que o representante da empresa Davati Medical Supply teria recebido o pedido de propina durante um jantar em Brasília, em fevereiro deste ano. O pedido teria partido do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). 

 

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