Brasil

CPI mista deve convocar ex-diretores da Petrobras

O colegiado deve convocar prioritariamente o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o também ex-diretor Nestor Cerveró


	Marco Maia: relator apresentou uma lista de 221 requerimentos para serem aprovados em bloco
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Marco Maia: relator apresentou uma lista de 221 requerimentos para serem aprovados em bloco (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 15h53.

Brasília - A CPI mista da Petrobras abriu na tarde desta terça-feira, 3, a reunião para votar o plano de trabalho proposto nesta segunda-feira, 2, pelo relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS).

O colegiado deve convocar prioritariamente o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o também ex-diretor Nestor Cerveró.

Na manhã de hoje, a CPI da Petrobras exclusiva do Senado, que é controlada pelos senadores da base aliada, marcou o depoimento de Paulo Roberto Costa para a próxima terça-feira, dia 10.

Paulo Roberto foi preso por tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, e solto recentemente por decisão do Supremo Tribunal Federal. Alberto Youssef continua preso.

Nestor Cerveró foi o responsável pelo resumo executivo que levou a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o conselho de administração da Petrobras, a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Em nota ao jornal O Estado de S. Paulo, Dilma disse que o resumo de Cerveró era incompleto e, se tivesse tido acesso a todas as cláusulas, não teria aprovado a operação.

O relator apresentou uma lista de 221 requerimentos para serem aprovados em bloco, entre convocações, quebras de sigilo e acesso a informações.

Ele ressalvou que seu plano de trabalho é uma referência, mas não é "conclusivo", podendo ser alterado ao longo das investigações. Até o momento, a comissão já recebeu mais de 600 requerimentos.

Foi o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que também preside a CPI do Senado, quem anunciou ter concedido vista coletiva aos parlamentares do plano de trabalho apresentado.

Numa repetição da CPI exclusiva da Petrobras, Marco Maia quer investigar os quatro eixos: a refinaria de Pasadena, as denúncias de pagamento de propina pela SBM, as plataformas e as obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e outras.

Na sessão de ontem da CPI mista, o relator disse que seria melhor ouvir depois o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e da atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster.

Segundo ele, os dois já depuseram outras vezes tanto na CPI exclusiva do Senado como em comissões temáticas da Câmara e do Senado.

A oposição e integrantes da base aliada, como o peemedebista Lúcio Vieira Lima (BA), disseram não ver problemas em aprovar a convocação dos dois logo.

Os oposicionistas também protestaram contra a inclusão na CPI mista de fatos que envolvem o governo Fernando Henrique Cardoso e do socialista e ex-governador Eduardo Campos, provável adversário de Dilma Rousseff em outubro.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoIrregularidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilSenado

Mais de Brasil

Horário de verão vai voltar? Entenda a recomendação de comitê do governo e os próximos passos

PF investiga incêndios criminosos no Pantanal em área da União alvo de grilagem usada para pecuária

Nunes tem 26,8%, Boulos, 23,7%, e Marçal, 21%, em SP, diz Paraná Pesquisas

Mancha de poluição no rio Tietê cresce 29% em 2024, 3ª alta anual consecutiva