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CPI Mira em instituto Lula, enquanto PT prepara ato de apoio

Desagravo a ex-presidente será feito em discursos de dirigentes do PT, que tentam associar a denúncia a uma "criminalização" das doações recebidas pelo partido


	Ex-presiente Lula: embora não seja formalmente investigado, o ex-presidente entrou na berlinda
 (Reprodução/Facebook/Lula)

Ex-presiente Lula: embora não seja formalmente investigado, o ex-presidente entrou na berlinda (Reprodução/Facebook/Lula)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 10h51.

Brasília - Sem fazer um inventário dos erros cometidos desde o escândalo do mensalão, o PT abrirá nesta quinta-feira, 11, seu 5º Congresso, em Salvador, com manifestações de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que agora viu o instituto com seu nome aparecer nas investigações da Operação Lava Jato.

Além de Lula, a abertura do encontro contará com a presença da presidente Dilma Rousseff que, cobrada pelo partido, decidiu adiantar a volta de uma viagem à Bélgica para participar do ato.

O desagravo a Lula será feito em discursos de dirigentes do PT, que tentam associar a denúncia a uma "criminalização" das doações recebidas pelo partido.

"Defendo que tenha (desagravo). É algo que deve acontecer de forma espontânea", disse Francisco Rocha, o Rochinha, coordenador da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Lula faz parte.

"Atos de solidariedade são naturais, ainda mais nesse momento", afirmou o presidente do PT paulista, Emídio Souza.

Embora não seja formalmente investigado, o ex-presidente entrou na berlinda após as revelações de que se reuniu com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pouco antes da compra da refinaria de Pasadena (EUA) e de que a Camargo Corrêa, investigada na Lava Jato, doou R$ 3 milhões ao Instituto Lula.

A organização diz que as contribuições foram regulares. Além disso, a empreiteira pagou R$ 1,5 milhão à LILS, pertencente ao ex-presidente, por palestras feitas entre 2011 e 2013.

Alvo

Parlamentares de oposição que integram a CPI da Petrobras protocolaram nesta quarta-feira, 10, requerimentos pedindo a convocação do presidente do instituto, Paulo Okamotto, para explicar as doações.

Além disso, ameaçam pedir na sessão de hoje a quebra dos sigilos fiscal e bancário da organização, além da convocação do próprio Lula.

Para dirigentes petistas, passado o momento mais agudo da ameaça de impeachment contra Dilma, a oposição agora concentra forças contra Lula.

Um dos objetivos do Congresso de Salvador é preparar o PT, que atravessa a maior crise em 35 anos de existência, para um processo de recuperação da imagem, que possibilite a volta de Lula ao cenário eleitoral em 2018. (Colaboraram Ana Fernandes, Daiene Cardoso e Andrei Netto)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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