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CPI do MST retoma os trabalhos com requerimentos para ouvir ministros de Lula

Os requerimentos são do relator da CPI, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), e de Evair de Melo (PP-ES)

MST: Não está prevista a votação de nenhum requerimento protocolado por governistas (Bruno Spada/Câmara dos Deputados Fonte: Agência Câmara de Notícias/Agência Câmara)

MST: Não está prevista a votação de nenhum requerimento protocolado por governistas (Bruno Spada/Câmara dos Deputados Fonte: Agência Câmara de Notícias/Agência Câmara)

Agência o Globo
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Publicado em 11 de julho de 2023 às 08h07.

Após um hiato de 20 dias em seus trabalhos, a CPI do MST retomará as sessões nesta terça-feira com a votação de requerimentos para ouvir o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Edson Gonçalves Dias, que ocupou o cargo nos primeiros meses da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Os requerimentos são do relator da CPI, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), e de Evair de Melo (PP-ES). Outro requerimento, também de Salles, busca a convocação de Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose, empresa que teve uma propriedade invadida, em Aracruz, no Espírito Santo, no mês de abril. Não está prevista a votação de nenhum requerimento protocolado por governistas.

Com sessão marcada para esta quarta, a CPI das Apostas Esportivas também vai retomar os seus trabalhos. Entretanto, o colegiado ainda não anunciou quais serão os requerimentos apreciados.

Duas decisões da Câmara nas últimas semanas deixaram os trabalhos das CPIs em curso mais lentos: em viagem oficial à Europa e com os festejos de São João, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), não convocou votações importantes em plenário por duas semanas, esvaziando a presença de parlamentares em Brasília e fazendo com que os colegiados não realizassem sessões — houve apenas uma da CPI do 8 de janeiro no período. Além disso, na semana passada, por causa da análise das propostas econômicas, como a Reforma Tributária, todas as comissões adiaram reuniões.

Na CPI do MST, que se tornou o principal flanco da oposição após os governistas dominarem a dos Ataques Golpistas, as reuniões têm sido marcadas por embates ideológicos acalorados. Apesar de já ter realizado dez sessões, o maior número entre as comissões em atividade, o grupo não se reúne desde 20 de junho e, mesmo com depoimentos aguardados já aprovados, como os dos ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ainda não há previsão para acontecerem.

Para governistas, a análise de pautas relevantes na Câmara foi importante para diminuir a mobilização da oposição. "O foco do governo não era se dedicar a CPIs, era votar as matérias centrais para implantar o programa de reconstrução da economia brasileira. Estamos participando das CPIs normalmente, até porque a dos atos é contra os golpistas", diz o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Até o momento, os parlamentares focaram em ouvir lideranças do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e em ex-integrantes do MST. O colegiado também ouviu o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que deixou a sessão após bater boca com parlamentar do PT. Dos 286 requerimentos apresentados, 207 estão pendentes de análise.

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