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CPI do INSS ouve presidente da Conafer e empresário ligado a suspeitas de fraudes

Conafer é investigada por aplicar descontos indevidos em aposentadorias, segundo a Polícia Federal

Agência o Globo
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Publicado em 29 de setembro de 2025 às 06h49.

A CPI do INSS ouvirá, nesta segunda-feira, 29, o empresário Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), e Fernando Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians Rodrigues, cuja prisão preventiva foi aprovada nesta quinta-feira pela CPI. Segundo a Polícia Federal, a Conafer está entre as entidades que mais realizaram descontos de mensalidades em aposentadorias.

De acordo com o presidente da CPI, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), as investigações apontam que o faturamento da Conafer saltou de R$ 6,6 milhões para mais de R$ 40 milhões, justamente durante o período em que se intensificaram os descontos indevidos.

Empresários e advogados na mira da investigação

O outro convocado para depor é o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti. Ele é ex-sócio do advogado Nelson Wilians, que depôs na CPI e teve pedido de prisão preventiva aprovado na última semana. Viana afirma que a convocação dele se justifica com base nos mandados de busca e apreensão executados pela PF. Foram apreendidos carros de luxo, jóias e uma adega avaliada em R$ 7 milhões. Ele também seria ligado ao empresário Antônio Carlos Camilo, conhecido como "Careca do INSS".

Preso preventivamente no último dia 12, Careca prestou depoimento à CPI na última semana e afirmou que não cometeu os crimes dos quais é acusado e que a sua prisão é fundamentada “em mentiras”. O empresário é apontado como um dos principais operadores das fraudes e desvios de recursos da Previdência.

Depoimento nega vínculo com fraudes

"Sempre acreditei que a verdade seria suficiente para afastar a mentira dessa investigação. Desde o início mantive uma defesa técnica, mantive meus endereços disponíveis e total disposição para colaborar. Sou o maior interessado em esclarecer os fatos. O indivíduo com o qual mantive relações comerciais, depois de ter furtado veículos da minha propriedade, espalhou uma série de inverdades. As premissas que fundamentaram a minha prisão são equivocadas. Sou um empreendedor nato e não tenho qualquer relação com governos, seja ele municipal, estadual ou federal", afirmou.

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