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CPI das Bikes quer mais segurança para ciclistas no Rio

CPI deverá propor também a criação de uma Delegacia de Atendimento Especializado ao Ciclista


	CPI tentará inserir a bicicleta como um modal sustentável de transporte na cidade do Rio
 (Raphael Lima/ PMRJ)

CPI tentará inserir a bicicleta como um modal sustentável de transporte na cidade do Rio (Raphael Lima/ PMRJ)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2015 às 16h19.

Rio de Janeiro - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bikes, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi instalada hoje (12) para investigar denúncias de roubos de bicicletas e revenda das peças, além de criar mecanismos para melhorar a situação do ciclista na cidade.

Presidida pelo vereador Jefferson Moura, a CPI deverá propor também a criação de uma Delegacia de Atendimento Especializado ao Ciclista, além de um grupamento ciclístico de patrulhamento para garantir a segurança na cidade. 

A segurança no trânsito também será uma questão tratada pela CPI, devido aos problemas que os ciclistas enfrentam no dia a dia.

Por causa de muitos acidentes com ciclistas, geralmente causados por motoristas de ônibus, a comissão vai propor à Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), ações de educação no trânsito aos motoristas para tentar diminuir os acidentes.

A comissão tentará ainda inserir a bicicleta como um modal sustentável de transporte na cidade do Rio, a exemplo de outras grandes metrópoles. 

"Vamos atuar como intervenção em relação à situação da violência no trânsito contra o ciclista e o próprio pedestre. Os últimos dados do Datasus [Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde], por exemplo, indicam mais de uma morte por mês no Rio de Janeiro por atropelamento de ciclista", explicou Moura.

Moura disse ainda que o grupo está preocupado com o roubo, desmanche e com as denúncias recebidas sobre venda de peças de bicicletas por empresas que comercializam irregularmente esse material, até mesmo em sites na internet, e que vai buscar mecanismos que inibam tais práticas.

"Nós já estamos investigando. Recebemos denúncias temos dados que mostram esse comércio em lojas físicas e na negociação nos portais de venda, onde  existe uma maioria absurda de bicicletas ou peças sem origem fiscal. É essa movimentação que tem gerado a demanda do roubo. A bicicleta é roubada para ser desmontada ou ser revendida, em especial por anúncio, porque não é preciso sequer indicar o CPF para anunciar", disse o presidente da comissão.

Aliada a essa questão, a CPI também pretende promover audiências públicas e debates com representantes do poder público, dos ciclistas, dos cicloativistas e representantes da sociedade civil organizada, para fazer um levantamento de dados e requerer ao poder público as informações dos projetos e iniciativas para estimular o uso da bicicleta, levando em conta as necessidades dos ciclistas e dos pedestres no lazer, no esporte e como modal de transporte.

Para Moura, "é importante fomentar essa questão e fazer uma junção de um conjunto de medidas e propostas que já existem, mas estão muitas vezes fragmentadas, seja em organizações não governamentais (ONGs), em entidades de representação ou nas próprias instâncias do governo; então, vamos buscar fazer essa articulação e responder investigando e propondo soluções para a cidade", ressaltou.

No fim da CPI, será elaborado um relatório em conjunto com os diversos atores envolvidos na discussão, com a apresentação de um caderno de sugestões composto por ações, iniciativas e programas referentes à utilização da bicicleta como modal de transporte, a fim de subsidiar a formulação do plano de mobilidade urbana sustentável do Rio de Janeiro, que será entregue ao poder executivo.

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