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CPI da Petrobras vai chamar Cardozo para explicar grampo

A CPI da Petrobras aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para explicar grampo


	O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 9 de julho de 2015 às 13h13.

São Paulo – A CPI da Petrobras aprovou na manhã desta quinta-feira a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para explicar escuta encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. 

De acordo com depoimento de dois policiais federais ouvidos pelos deputados, o grampo instalado na cela teria sido ativado sem autorização judicial, contrariando a sindicância feita pela Polícia Federal no ano passado. Segundo a versão da PF, a escuta estaria desligada. 

Além do ministro da Justiça, três delegados federais envolvidos no caso também serão convocados, bem como Rosalvo Franco, superintendente da PF no Paraná. O ministro, que está fora do país, ainda não se posicionou sobre o assunto. 

Também serão chamados o empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso pela Operação Lava Jato, e Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal  que já revelou em esquema de delação premiada que houve pagamento de propina aos diretores da Petrobras por meio de Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no esquema. 

O policial Jaime de Oliveira, que afirmou ter entregado dinheiro destinado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também será ouvido pelos deputados da CPI.

A CPI também quebrou os sigilos bancário, fiscal e telefônico de duas filhas, da mulher e da irmã do doleiro Alberto Youssef.

Foram aprovados pedidos de acareação entre o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, o operador de estaleiros Shinko Nakandakari e o gerente da Petrobras Glauco Legati; e entre o executivo da Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, o ex-diretor da estatal Renato Duque  e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. 

Com informações da Agência Câmara

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