Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, deverá depor nessa quarta, dia 12 (Carolina Antunes/PR/Flickr)
Carla Aranha
Publicado em 10 de maio de 2021 às 06h00.
Última atualização em 10 de maio de 2021 às 13h44.
No momento em que o Brasil ultrapassa o patamar de 422 mil mortos pelo coronavírus, a CPI da Covid segue nesta semana com depoimentos de Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, de Antônio Barra Torres, presidente-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, e do presidente da Pfizer no Brasil. O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve depor no dia 19.
Na terça-feira, dia 11, a comissão irá ouvir Antônio Barra Torres, presidente-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deverá ser inquerido sobre o processo que levou ao veto do uso da vacina russa Sputnik V no Brasil.
O foco das atenções, no entanto, estará no depoimento de Wajngarten, que fala à CPI na quarta, 12. O ex-secretário de Comunicação deve responder especialmente sobre as negociações com a farmacêutica Pfizer para a aquisição de vacinas contra o coronavírus.
Em entrevista à revista Veja, ele afirmou que o Ministério da Saúde agiu com "incompetência" e "ineficiência" durante as tratativas com a farmacêutica, que ofereceu 70 milhões de doses ao governo no ano passado, mas, como integrante do governo na ocasião, deve ser pressionado pelos parlamentares a apresentar nomes e credenciais sobre as causas da demora em adquirir vacinas.
O comando da CPI já pediu a quebra do sigilo telefônico de Wajngarten a fim de esclarecer o imbróglio em torno da compra de vacinas. Na quinta-feira, 13, a própira Pfizer apresentará sua argumentação.
Na semana que vem, será a vez de Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, prestar esclarecimentos à CPI da Covid, seguido por Eduardo Pazuello e Mayra Pinheiro, no dia 20, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, conhecida como "capitã cloquorina" por sua defesa do uso do medicamento, sem comprovação científica, no tratamento do coronavírus.
Pazuello alegou uma suspeita de sintomas da Covid-19 para não se apresentar diante da CPI da Covid no último dia 5. O depoimento então foi reagendado para o dia 19. As explicações do general sobre a crise em Manaus e a condução da pandemia em um de seus momentos mais críticos, no início deste ano, estão entre os momentos mais aguardados da CPI.
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