No dia anterior, Perillo, governador de Goiás e membro do PSDB, também compareceu perante a comissão especial e negou qualquer relação com os fatos investigados (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2012 às 15h49.
Brasília - A CPI do Cachoeira, responsável por investigar os negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como "Carlinhos Cachoeira", aprovou nesta quinta-feira por unanimidade a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos governadores de Brasília, Agnelo Queiroz, e de Goiás, Marconi Perillo, informou a Agência Brasil.
A comissão revisará dados de Queiroz e Perillo dos últimos dez anos, desde 2002, além de seus e-mails.
A comissão ainda adiou a decisão de convocar o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Luiz Antônio Pagot, assim como Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta. A empresa é investigada por suposto envolvimento com a máfia de Cachoeira, que a utilizava para lavar dinheiro, segundo a mesma fonte.
A decisão de investigar os dados de Queiroz e Perillo ocorreu um dia depois de o governador de Brasília comparecer perante os parlamentares e por à disposição suas informações bancárias e fiscais.
Queiroz (PT) foi acusado de ter beneficiado Cachoeira em licitações de obras públicas, defendeu sua inocência e se disse vítima de uma "perseguição" por parte das máfias do jogo ilegal.
No dia anterior, Perillo, governador de Goiás e membro do PSDB, também compareceu perante a comissão especial e negou qualquer relação com os fatos investigados, mas admitiu que o grupo tinha forte presença no Centro-Oeste.