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Covid-19: estado de SP vai vacinar idosos com 4ª dose a partir de abril

A aplicação vai começar por pessoas acima de 90 anos e o cronograma vai depender da quantidade de doses disponíveis

Vacinação em São Paulo. (Leandro Fonseca/Exame)

Vacinação em São Paulo. (Leandro Fonseca/Exame)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 13h59.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 14h06.

O governo de São Paulo vai começar a aplicação de uma quarta dose da vacina contra a covid-19 a partir do dia 4 de abril. A informação foi anunciada pelo coordenador executivo do Comitê Científico do estado, João Gabbardo, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 16.

"Baseada na aplicação dos imunocomprometidos, o Comitê Científico entende que os idosos também estão incluídos nessa fase porque passam por um processo que reduz sua capacidade imunológica. No dia 4 de abril começaremos a aplicação, respeitando um cronograma por faixa etária. Começaremos pelos 90 anos, até a inclusão dos 60 anos. O cronograma será definido, seguindo a disponibilidade de vacina", afirmou.

Questionado sobre a decisão ainda não ser uma orientação do Ministério da Saúde, Gabbardo disse que todas as decisões tomadas pelo governo de São Paulo foram posteriormente adotadas pelo governo federal. "É muito provável que o Ministério da Saúde siga esta orientação. A vacinação pode ser com Pfizer, Coronavac ou com AstraZeneca", detalhou.

Na semana passada, o governo paulista recuou após anunciar uma quarta dose para toda a população do estado. O recuo veio após especialistas em saúde pública dizerem que é preciso avançar na vacinação de toda a população já elegível, acima de 5 anos. Além disso, o estado não teria em estoque vacinas suficientes para aplicar uma dose extra, já que a recomendação seria usar a Pfizer, que é distribuída pelo Ministério da Saúde, e não a Coronavac, comprada por São Paulo.

Também na semana passada, o Ministério da Saúde informou em uma nota técnica que ainda não há dados suficientes para recomendar uma segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19. Em entrevista, o ministro Marcelo Queiroga disse que há o debate interno dentro da pasta sobre o assunto, mas que "ainda não é o momento".

Desde dezembro, o Ministério da Saúde autorizou a quarta dose de vacina para pessoas imunossuprimidas, como quem está em quimioterapia para câncer; transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas em uso de drogas imunossupressoras; e pessoas vivendo com HIV/aids, entre outras.

No caso do grupo de pessoas com o sistema imunológico comprometido, o intervalo para a aplicação da nova dose de reforço é de quatro meses, a partir do primeiro reforço.

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