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Covas vai à missa em seu primeiro dia de campanha

Prefeito de São Paulo reza, canta e comunga na paróquia Nossa Senhora Conceição. Na saída, ele minimizou sua alta taxa de rejeição entre os paulistanos

Bruno Covas, prefeito de São Paulo: "A campanha começa hoje. Vamos poder falar explicitamente do que fizemos nos últimos quatro anos. Eu deixo as pesquisas para os cientistas políticos analisarem" (//Divulgação)

Bruno Covas, prefeito de São Paulo: "A campanha começa hoje. Vamos poder falar explicitamente do que fizemos nos últimos quatro anos. Eu deixo as pesquisas para os cientistas políticos analisarem" (//Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de setembro de 2020 às 12h57.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) começou sua campanha à reeleição neste domingo, 27, participando de uma missa na paróquia Nossa Senhora da Conceição, no bairro Vila Suzana, na Zona Sul.

Acompanhado do candidato a vice, o vereador Ricardo Nunes ( MDB) o tucano cantou, rezou, comungou e leu um trecho da bíblia, a Profecia de Ezequiel.

Na saída da missa, Covas minimizou a sua alta taxa de rejeição. Na pesquisa Exame/IDEIA, divulgada em 23 de setembro, Covas tem 27% de rejeição. O resultado é similar ao da pesquisa Ibope/Estadão, em que 30% dos eleitores afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum.

Covas lidera as intenções de voto, seguido de perto por Celso Russomano (Republicanos) e, mais atrás, por Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB).

"A campanha começa hoje. Vamos poder falar explicitamente do que fizemos nos últimos quatro anos. Eu deixo as pesquisas para os cientistas políticos analisarem", afirmou.

Sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro ao seu adversário, Celso Russomano (Republicanos), que lidera a pesquisa com 24% das intenções de voto, Covas disse que "não escolhe adversário".

"Nossa campanha, diferente das outras, não vai vender sonho, mas realidade", afirmou o tucano.

Questionado sobre sua posição no espectro político, o prefeito mais uma vez evitou se colocar. "Minha posição é de alguém que ama São Paulo".

Segundo turno 

Empatados tecnicamente nas intenções de voto para a prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e Celso Russomano (Republicanos) aparecem nas pesquisas como os dois candidatos mais fortes, com com 22% e 21% respectivamente.

Distante deles, Márcio França (PSB), com 10%, divide o segundo lugar com Guilherme Boulos (PSOL), com 11%. A força que França ganha num eventual segundo turno com Russomano, porém, mostra que o candidato é muito mais competitivo num primeiro momento.

Os dados de intenção de votos para a corrida eleitoral na capital paulista fazem parte de uma pesquisa exclusiva de EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.

O movimento está ligado à alta rejeição que sofre Russomano, que só perde para Boulos nesse quesito rejeição. França se beneficia na pesquisa, pois captura eleitores de diferentes perfis.

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Início da campanha

A campanha eleitoral para as eleições de 2020 começou oficialmente neste domingo, 27, após o fim dos registros junto à Justiça eleitoral. 

A partir de agora, candidatos podem fazer campanha nas ruas e na internet. O início da propaganda eleitoral foi adiado neste ano em meio ao coronavírus, assim como o dia da votação.

As eleições, antes marcadas para outubro, ficaram para 15 e 29 de novembro, o 1º e 2º turnos, respectivamente. 

Diante da pandemia, a Justiça eleitoral tem aconselhado os candidatos a não incentivar aglomerações e outros eventos até então comuns em campanhas. Os comícios podem continuar acontecendo dentro das regras de distanciamento, mas as autoridades precisam ser comunicadas e artistas não podem se apresentar. 

O uso de alto-falantes, que já começou hoje em várias cidades brasileiras, é restrito das 8 horas às 22 horas. 

Como nas eleições anteriores, a confecção de camisetas ou outros brindes com marcas da campanha são proibidas. Candidatos também não podem se valer de distribuição de cestas básicas, dinheiro ou outros benefícios ao eleitor -- o que pode ser configurado como compra de voto. É proibido fazer propaganda em vias públicas, como jogar papel com nome dos candidatos na rua ou colocar cartazes e pichações em muros. 

Bandeiras e adesivos são permitidos dentro do limite de 0,5 metros quadrados de área e em carros, também dentro desse limite. 

Em tempos de campanha online, o Tribunal Superior Eleitoral esclarece que está terminantemente proibido o envio em massa de mensagens de WhatsApp ou uso de telemarketing com anúncios dos candidatos. Os candidatos podem enviar informações pelo WhatsApp somente a eleitores que se cadastraram para recebê-las.

Só os próprios candidatos e sua campanha podem impulsionar publicações online. Os eleitores podem voluntariamente defender seu candidato nas redes, mas não pagar para impulsionar a publicação, sob pena de crime eleitoral ao candidato.

Já a propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio começa somente em 9 de outubro e vai até 12 de novembro, três dias antes da eleição. 

O tempo de televisão é distribuído em uma combinação que leva em conta o número de cadeiras de cada partido na Câmara dos Deputados (assim, 10% é distribuído de forma igualitária entre os partidos e 90% com base na representação na Câmara).

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