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Covas evita dar prazo para reabrir comércio em SP e pede "paciência"

Até o momento, dos serviços considerados não essenciais a capital só autorizou o retorno de concessionárias e escritórios

Bruno Covas: "A prioridade é a análise dos protocolos desta 2ª fase. A gente entende a expectativa do comércio, que está há mais de 70 dias fechado na cidade de São Paulo às vésperas de um dos dias mais importantes, o dia dos namorados" (Germano Lüders/Exame)

Bruno Covas: "A prioridade é a análise dos protocolos desta 2ª fase. A gente entende a expectativa do comércio, que está há mais de 70 dias fechado na cidade de São Paulo às vésperas de um dos dias mais importantes, o dia dos namorados" (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2020 às 14h27.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) evitou nesta segunda-feira, 8, dar prazo para análise do protocolo para reabertura do comércio em São Paulo e pediu "um pouquinho mais de paciência" ao setor.

Classificada na fase 2 (laranja) no plano de retomada gradual da economia em São Paulo, a capital começou a receber na semana passada propostas de regras para que os estabelecimentos voltem a funcionar em meio ao combate contra o coronavírus.

Segundo Covas, a Prefeitura já recebeu 96 pedidos de aprovação de protocolos para reabrir atividades paralisadas pela pandemia. Destas, 53 seriam de setores autorizados a reabrir na fase 2, de controle da doença, e outras 43 de fases subsequentes da reabertura e até de serviços essenciais que pretendem rever as regras de funcionamento.

Até o momento, dos serviços considerados não essenciais a capital só autorizou o retorno de concessionárias e escritórios. Outras atividades que pelo plano de reabertura poderiam funcionar com limitações, como shoppings centers e galerias comerciais, seguem fechadas.

"A prioridade é a análise dos protocolos desta 2ª fase. A gente entende a expectativa do comércio, que está há mais de 70 dias fechado na cidade de São Paulo às vésperas de um dos dias mais importantes, o dia dos namorados", afirmou o prefeito. "Mas, apesar de todas as expectativas, eu não posso atropelar a análise feita pela Vigilância Sanitária. Apenas com a garantia de que vamos reabrir do jeito certo é que vamos reabrir."

Covas evitou dar prazo para conclusão das análises e afirmou que a expectativa era que fosse feito "o mais breve possível". "Queria pedir um pouquinho mais de paciência ao pessoal porque é importante que a gente reabra da forma certa, garantido que a cidade não vai retroceder para a fase 1 (a etapa mais restritiva)", disse.

Então morando e dormindo na sede da Prefeitura para coordenar ações contra a covid-19, no Viaduto do Chá, região central, e em meio a um tratamento de câncer, Covas também contou que voltou para casa neste fim de semana. "Na fase 2, de controle, me permiti voltar para casa e poder dormir com meu filho mais uma vez."

Atendimento municipal

A Prefeitura anunciou, ainda, a reabertura com restrições de cinco Descomplica SP, praças de atendimento que reúnem cerca de 300 serviços municipais, como a emissão de Carteira de Trabalho ou solicitação de Bilhete Único. O decreto para disciplinar os atendimentos públicos deve ser publicado na terça-feira, 9, no Diário Oficial, segundo Covas. "Nós temos 120 equipamentos abertos de atendimento à população, entre área de Assistência Social, Direitos Humanos, da Fazenda, Direito Econômico Todos eles, até o fim do mês, terão de ser adaptados", disse.

De acordo com o prefeito, o padrão é que os locais só atendam com agendamento, mantenham limite de 20% da capacidade e funcionem 4 horas por dia. "Todas as recomendações que nós estamos fazendo para a iniciativa privada, nós estamos adaptando para a Prefeitura de São Paulo", afirmou.

Segundo Covas, não há previsão de que outros equipamentos sejam reabertos durante a fase atual da flexibilização.

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