Brasil

Covas amplia permissão para bares e restaurantes colocarem mesas na rua

O decreto foi publicado no Diário Oficial da Cidade no sábado, 24, e tem como objetivo aumentar o distanciamento social entre os clientes

São Paulo: Bares e restaurantes fechados na Avenida Juscelino Kubitscheck (Germano Lüders/Exame)

São Paulo: Bares e restaurantes fechados na Avenida Juscelino Kubitscheck (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2021 às 19h34.

Última atualização em 25 de abril de 2021 às 19h43.

No fim de semana de novas flexibilizações da quarentena em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) ampliou a permissão para bares e restaurantes colocarem mesas e cadeiras em vagas de estacionamento que funcionam como "extensões temporárias das calçadas". O decreto foi publicado no Diário Oficial da Cidade no sábado, 24, e tem como objetivo aumentar o distanciamento social entre os clientes.

Em agosto do ano passado, a gestão municipal anunciou o projeto-piloto Ruas SP, que permitiu em caráter temporário que bares e restaurantes ampliassem a capacidade de atendimento com mesas e cadeiras em vagas de estacionamento em quatro pontos do centro da cidade. Os locais eram as ruas José Paulo Mantovan Freire, Bento Freitas (entre as ruas Marquês de Itú e Epitácio Pessoa), Major Sertório (entre as ruas Araújo e Rêgo Freitas) e General Jardim (entre as ruas Araújo e Rêgo Freitas). "É difícil o controle do distanciamento social quando autorizamos o uso das calçadas, que em São Paulo são mais estreitas em sua média do que em outras grandes capitais europeias ou americanas", afirmou Covas naquela época.

O novo decreto continua proibindo a presença de clientes em pé, "em qualquer hipótese", mas não define ainda quais serão os trechos e ruas com permissão para implementar o novo modelo de atendimento. De acordo com o texto, essa decisão será tomada pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e "utilizará critérios técnicos, bem como poderá considerar a manifestação de interessados". As inscrições já podem ser feitas pelo site da secretaria.

Pelas novas regras do Plano São Paulo, restaurantes podem abrir das 11h às 19h. Bares só podem abrir na função de restaurante, servindo comida e com clientes sentados. A ocupação máxima dos estabelecimentos é de 25%. A Abrasel-SP, entidade que representa o setor, diz que as restrições impedem a lucratividade e quer limite de clientes de 40%, com horário de funcionamento até 22h. Especialistas em saúde temem que afrouxar o isolamento social resulte em nova pressão sobre os hospitais.

A partir da definição, que será feita de forma progressiva, os estabelecimentos têm 180 dias para utilizarem as vias públicas sem custos. Eles ainda precisarão seguir regras, como não ocupar a faixa livre de 1,2 metro da calçada, manter o espaçamento mínimo de dois metros entre as mesas e de um metro entre cadeiras de mesas diferentes.

Todos os custos serão de responsabilidade dos próprios bares e restaurantes, assim como a remoção de qualquer estrutura instalada durante o período. Ainda de acordo com o decreto, as novas permissões não se aplicam aos pedidos gerais para ocupação de calçadas, calçadões ou largos.

Acompanhe tudo sobre:Bruno CovasCoronavírusEstadãosao-paulo

Mais de Brasil

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas

João Campos mantém liderança em Recife com 76% das intenções de voto, aponta Datafolha