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Cotas para estudantes de escolas públicas podem ser votadas

Parte dessas vagas será destinada a negro e índios, de acordo com o texto aprovado hoje

UFMG: O governo federal terá dez anos, a contar da publicação da lei no Diário Oficial da União, para revisar o programa de acesso às universidades públicas (Wikimedia Commons)

UFMG: O governo federal terá dez anos, a contar da publicação da lei no Diário Oficial da União, para revisar o programa de acesso às universidades públicas (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 20h05.

Brasília - A reserva de 50% das vagas em universidades e instituições de ensino técnico federais a estudantes de escolas públicas deve estar pronta para votação no Senado na semana que vem. Parte dessas vagas será destinada a negro e índios, de acordo com o texto aprovado hoje (28) pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDH) da Casa.

Caso o projeto de lei da Câmara seja aprovado em plenário deve seguir direto à sanção presidencial. Durante a tramitação no Senado, o texto sofreu apenas correções de redação, o que permite o seu envio direto ao Executivo.

Os senadores Paulo Paim (PT-RS) – presidente da comissão – e Roberto Requião, presidente da Comissão de Educação, fizeram um acordo para acelerar a tramitação do projeto.

Na sessão de hoje, eles apresentarão requerimento de urgência para que a matéria tenha prioridade de votação. “Assim quebraremos a burocracia do projeto de lei ter que ser analisado ainda na Comissão de Educação”, disse Requião à Agência Brasil.

O texto estabelece que a reserva de cotas tomará como critério a proporção equivalente à parcela de negros, pardos e indígenas que integram a população do estado ou município onde funciona a instituição de ensino. Para tanto, será tomado como base o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O governo federal terá dez anos, a contar da publicação da lei no Diário Oficial da União, para revisar o programa de acesso às universidades públicas.

Representantes de várias entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) compareceram ao Senado para defender a aprovação da matéria na Comissão de Direitos Humanos e Cidadania.

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