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Cotado para Casa Civil, Ciro Nogueira seria substituído no Senado pela mãe

Eliane Nogueira nunca ocupou cargos eletivos e declarou ao TSE trabalhar como administradora

Ciro Nogueira: um dos principais líderes do Centrão, Ciro Nogueira aproximou-se de Bolsonaro em 2020 e desde então é um dos principais interlocutores do presidente no Congresso (Marcos Oliveira/Agência Senado/Flickr)

Ciro Nogueira: um dos principais líderes do Centrão, Ciro Nogueira aproximou-se de Bolsonaro em 2020 e desde então é um dos principais interlocutores do presidente no Congresso (Marcos Oliveira/Agência Senado/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de julho de 2021 às 16h16.

O senador Ciro Nogueira (PP-AL), convidado pelo presidente Jair Bolsonaro a assumir a Casa Civil, tem como primeiro suplente sua própria mãe, Eliane Nogueira. Caso Ciro se licencie do cargo para comandar o ministério, Eliane assumiria o mandato.

Ciro confirmou para caciques do Centrão e integrantes de seu partido que aceitou o convite para assumir a Casa Civil, de acordo com a colunista Bela Megale. O convite foi feito por Bolsonaro para
conter insatisfações de aliados com o articulação política do governo.

Eliane Nogueira também é filiada ao PP, partido presidido pelo seu filho. Ela nunca havia disputado uma eleição. Ao registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eliane disse trabalhar como administradora e declarou um patrimônio de R$ 3,6 milhões. A maior parte do patrimônio vem de uma empresa na qual ela é sócia ao lado do filho e de outras pessoas.

O segundo suplente de Ciro é Gil Paraibano, também do PP, que foi eleito no ano passado prefeito de Picos (PI). Gil Paraibano já havia sido prefeito entre 2005 e 2012, pelo MDB.

Um dos principais líderes do Centrão, Ciro Nogueira aproximou-se de Bolsonaro em 2020 e desde então é um dos principais interlocutores do presidente no Congresso. Após se aliar ao governo, conseguiu
emplacar indicações em órgãos como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Atual titular da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos pode ser deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência, que hoje é ocupada por Onyx Lorenzoni, conforme mostrou o colunista Lauro Jardim. E Onyx iria para um ministério a ser recriado, que abrigaria as áreas do emprego e da previdência. As mudanças ainda não estão definidas.

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