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Costa admite ter recebido suborno na compra de refinaria

O delator e acusado no processo de corrupção na estatal admitiu ter recebido US$ 1,5 milhão para facilitar a compra da refinaria de Pasadena


	Paulo Roberto Costa: ele disse que recebeu o dinheiro por parte do empresário Fernando Baiano, que está preso, através de uma conta em Liechtenstein
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Paulo Roberto Costa: ele disse que recebeu o dinheiro por parte do empresário Fernando Baiano, que está preso, através de uma conta em Liechtenstein (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 07h01.

São Paulo - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, delator e acusado no processo de corrupção na estatal, admitiu ter recebido US$ 1,5 milhão para facilitar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, informou nesta quinta-feira a Polícia Federal (PF).

Em um de seus depoimentos feitos em setembro na Superintendência da PF em Curitiba, Costa disse que recebeu o dinheiro por parte do empresário Fernando Baiano, que está preso, através de uma conta em Liechtenstein.

Costa acusou o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró e Baiano, apontado como o operador do esquema para favorecer o PMDB, de terem recebido propinas no valor de entre US$ 20 e 30 milhões da Astra Oil, a empresa belga que vendeu a refinaria para a Petrobras.

Os advogados de Cerveró e Baiano negaram que seus clientes tenham recebido suborno da companhia belga, como revelou Costa.

Em 2006, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a compra de 50% do capital da refinaria de Pasadena, que pertencia à Astra Oil, por US$ 360 milhões. A companhia belga tinha adquirido a totalidade da refinaria no ano anterior por US$ 42,5 milhões.

Em 2008, as duas companhias se desentenderam e a petrolífera belga entrou na Justiça para obrigar a Petrobras a pagar a outra metade da refinaria. Um tribunal decidiu em 2012 que a estatal brasileira teria que pagar US$ 820,5 milhões à Astra Oil pelos 50% restantes de Pasadena. Em 2013, o Tribunal de Contas da União decidiu investigar supostas irregularidades na compra da refinaria. 

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