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'Cortina de fumaça': Serviço Meteorológico da Argentina já emite alerta por conta de incêndios

O Serviço Meteorológico Nacional informou que a fumaça pode dominar boa parte do território argentino nesta segunda-feira

Agência o Globo
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Publicado em 9 de setembro de 2024 às 10h29.

Última atualização em 9 de setembro de 2024 às 12h05.

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A seca extrema e a fumaça de queimadas da Amazônia, Cerrado e do Pantanal vem poluindo o ar de diversas cidades do Brasil. Segundo monitoramento da IQAir, empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar, Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP), em ordem, foram as três cidades com maiores níveis de poluição no mundo, no domingo. Mas, agora, a preocuopação chega à Argentina, que emitiu um alerta de redução da visibilidade e má qualidade do ar.

A fumaça produzida pelo fenômeno ambiental atingiu tal magnitude que, empurrada pelo vento norte, atingirá a cidade de Buenos Aires, os subúrbios da cidade e afetará também 13 províncias durante o dia esta segunda-feira, podendo se espalhar durante toda a semana.

Juntamente com a Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), a organização que depende do Ministério da Defesa lançou umaviso especial de “visibilidade reduzida devido ao fumo” do Serviço Meteorológico Nacional (SMN)para Catamarca , Chaco , Córdoba , Corrientes , Entre Ríos , Formosa , Jujuy , La Rioja , Misiones , Salta , San Luis , Santa Fé , Santiago del Estero e Tucumán .

O SMN alertou para uma possível “série de efeitos negativos” para a população, uma vez que a nuvem cinzenta pode ser prejudicial à saúde. Além disso, espera-se que haja uma redução acentuada da visibilidade que poderá até afetar a partida ou chegada de alguns voos .

Efeitos no Brasil

Além das cidades do Norte estarem sofrendo com as queimadas na própria Amazônia, os estados do Sul e do Sudeste vêm recebendo a fumaça dos incêndios, já que um corredor de vento se desloca do Norte ao Sul do país, no momento. No final de semana, foram registrados registrados 7028 focos de calor no país, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em julho e agosto, o número bateu recorde em diversos locais, inclusive na Amazônia, onde o nível de chuva está abaixo do normal, afetando as bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais suscetível ao fogo.

De acordo com os dados da IQAir, Porto Velho está com índice de qualidade do ar 210, o que é considerado "muito insalubre". A empresa utiliza uma métrica que considera os seis poluentes principais da atmosfera, como partículas finas e monóxido de carbono. Os valores são padronizados pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e varia de 0 a 500.

De zero a 50, o ar é considerado de boa qualidade. Do índice 51 ao 100, é moderado. A partir do 101, o resultado indica riscos maiores de saúde, por insalubridade. A partir do número 201, o ar é "muito insalubre". Assim, São Paulo atingiu o nível insalubre, enquanto Porto Velho e Rio Branco alcançaram o "muito insalubre".

Os três maiores índices de poluição do mundo

  • Porto Velho (RO): 210
  • Rio Branco (AC): 206
  • São Paulo (SP): 168

Fumaça de queimadas

Nas últimas semanas, muitas cidades da Amazônia foram tomadas pela fumaça de queimadas. Em Manaus, Porto Velho e Rio Branco, virou hábito para o morador sair de casa de máscara.

A fumaça de queimadas também já chegou ao Centro-Sul do país. Isso acontece porque um forte corredor de ar desce do Norte do país até o Sul, passando inclusive por Bolívia e Paraguai, na direção do Oceano Atlântico, passando pelo.

Depois, ele é "empurrado" para o Sudeste, devido ao ar frio do polo sul. Essa dinâmica é normalmente chamada de "rios voadores", pois traz a umidade da Amazônia e favorece as chuvas no Centro-Sul do país. Mas, com a seca e as queimadas, o corredor vem trazendo fumaça e calor.

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