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Correios podem romper contrato suspeito, diz ministro

O ministro das Comunicações disse que vai extinguir contrato caso haja comprovação do vínculo de um dos diretores dos Correios com a Master Top Linhas Aéreas

O ministro das Comunicações, José Artur Filardi: Correios podem extinguir contrato com a MTA (.)

O ministro das Comunicações, José Artur Filardi: Correios podem extinguir contrato com a MTA (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - Se comprovado o vínculo do diretor de Operações da Empresa de Correios e Telégrafos, coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, com a Master Top Linhas Aéreas (MTA) - ou com consultorias que prestam serviços para companhias do setor aéreo - o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, vai recomendar a extinção dos contratos.

"Se confirmar que existe (o vínculo), recomendo que esse contrato deva ser rompido", afirmou Filardi, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. O ministro disse que fará a análise para ver "se existe conflito (de interesses)".

Reportagem publicada na edição de ontem mostrou que 20 dias antes de o coronel ser escolhido para a direção de Operações dos Correios, a Master Top Linhas Aéreas arrematou o contrato de uma das principais linhas da estatal, a Linha 12, que opera no trecho Manaus-Brasília-São Paulo (ida e volta).

A empresa, com sede em Campinas (SP), venceu o pregão eletrônico com lance de R$ 44,9 milhões - o equivalente a 13% do valor total da malha e 14% da capacidade de carga da estatal.

Ao assumir a diretoria nos Correios, em 2 de agosto, o coronel entregou o comando da MTA nas mãos da filha Tatiana Silva Blanco. O resultado dessa triangulação é que a empresa tem agora a família Rodrigues da Silva como contratada e contratante.

Troca de comando
No dia 28 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu a cúpula dos Correios por temer que o fisiologismo partidário ampliasse a crise administrativa na estatal e respingasse na campanha da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República.

A troca no comando da empresa ocorreu depois que o presidente Lula encarregou a Casa Civil e os ministérios das Comunicações e do Planejamento de fazer uma reestruturação da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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