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Corregedoria da Câmara analisa protesto de deputados contra prisão de Bolsonaro

Representações serão analisadas até quarta e podem chegar ao Conselho de Ética; parlamentares podem perder o mandato por até seis meses por obstruir trabalhos da Casa

Corregedoria: Câmara avalia suspensão de 14 deputados por obstrução de sessões. (Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Corregedoria: Câmara avalia suspensão de 14 deputados por obstrução de sessões. (Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 07h15.

O corregedor da Câmara dos Deputados, Daniel Coronel (PSD-BA), vai receber hoje as representações e começar a analisar o caso dos deputados da oposição que fizeram um motim para impedir os trabalhos da Casa como protesto à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele tem até quarta-feira para apresentar os pareceres dos processos disciplinares.

Ao GLOBO, o deputado federal ainda disse que vai se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e os outros integrantes da Mesa Diretora da Casa para tratar do tema.
Ao todo, pelos menos 14 congressistas, que são alvos de representações, poderão ter seus mandatos suspensos por até seis meses. Entre eles, Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC) e Zé Trovão (PL-SC), que foram denunciados por PT, PSB e PSOL.

Paralisação e reivindicações

Por mais de trinta horas, a oposição paralisou os trabalhos da Câmara. Os deputados exigiam que fossem pautados dois temas: a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado. A oposição também defende o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, tema que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já disse que não terá andamento.

A partir do momento que for comunicada, a Corregedoria da Câmara tem o prazo de 48 horas para dar uma resposta sobre os pedidos de suspensão dos mandatos. Se a decisão for favorável aos pedidos, a resposta é encaminhada de volta para a Mesa Diretora da Câmara, que deve repassar os pedidos de suspensão para o Conselho de Ética, que por sua vez terá o prazo de três dias úteis para votar as solicitações. Se não houver recurso ao plenário, a decisão já é confirmada.

Casos individuais

A deputada Camila Jara (PT-MS), da base do governo e denunciada pelo PL por empurrar o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) do plenário, também terá o caso avaliado pela Corregedoria, mas não consta na listagem por não ser representada por obstruir.

Veja a lista de deputados que terão representações analisadas:

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Zucco (PL-RS)
  • Allan Garces (PP-MA)
  • Carol de Toni (PL-SC)
  • Marco Feliciano (PL-SP)
  • Domingos Sávio (PL-MG)
  • Marcel Van Hattem (NOVO-RS)
  • Zé Trovão (PL-RS)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Carlos Jordy (PL-RJ)
  • Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Julia Zanatta (PL-SC)
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