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Corpo do ministro Teori Zavascki é velado em Porto Alegre

O presidente Michel Temer e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, devem participar do velório

Ministro Teori Zavascki: Funeral está marcado para o fim da tarde no cemitério Jardim da Paz (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Ministro Teori Zavascki: Funeral está marcado para o fim da tarde no cemitério Jardim da Paz (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 10h17.

São Paulo - O corpo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto na quinta-feira na queda de um avião, está sendo velado desde a manhã deste sábado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.

O funeral está marcado para o fim da tarde no cemitério Jardim da Paz.

O presidente Michel Temer e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, devem participar do velório.

Teori, de 68 anos, era relator da operação Lava Jato no Supremo e deveria decidir no início de fevereiro se homologaria ou não dezenas de acordos de delação premiada de ex-executivos da Odebrecht, que poderiam atingir muitos políticos, incluindo várias figuras importantes do governo do presidente Michel Temer.

O ministro do STF morreu na quinta-feira na queda de um pequeno avião que decolou de São Paulo rumo a Paraty. A aeronave pertencia ao grupo Emiliano, do empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, de 69, que também morreu no acidente.

O Regimento Interno do STF traz mais de uma possibilidade para a definição do novo relator para a Lava Jato.

Uma das opções seria transferir a relatoria para o sucessor a ser indicado por Temer e aprovado pelo Senado. Mas como o presidente é citado na Lava Jato, que também investiga senadores, o custo político dessa saída provavelmente seria muito alto.

Outro dispositivo do regimento prevê a redistribuição do processo em casos excepcionais, a partir de um pedido do Ministério Público ou de parte interessada.

Nesse caso, há dúvidas sobre os critérios a serem considerados, se ocorreria entre os ministros da Segunda Turma do STF, à qual pertencia Teori, juntamente com Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Ou se entre todos os integrantes da Corte.

A própria presidente do STF pode decidir assuntos emergenciais relacionados à Lava Jato, uma vez que responde pelo plantão do Supremo até o dia 31 deste mês, quando se encerra o recesso do Judiciário.

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