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Corpo de Marielle Franco chega ao cemitério do Caju

O corpo do motorista Anderson Gomes, que acompanhava a vereadora e também foi morto, foi levado para o cemitério de Inhaúma

Marielle: desde o meio-dia, representantes de entidades da sociedade civil fizeram discursos cobrando uma investigação séria e rápida do caso (Pilar Olivares/Reuters)

Marielle: desde o meio-dia, representantes de entidades da sociedade civil fizeram discursos cobrando uma investigação séria e rápida do caso (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2018 às 17h58.

O corpo da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, de 39 anos, morta na noite de quarta-feira, 14, no centro do Rio, deixou por volta das 16h04 o Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio, onde estava sendo velado desde as 14h30 e seguiu em direção ao cemitério do Caju, na zona norte, onde chegou por volta das 17h.

O corpo do motorista Anderson Gomes, que acompanhava a vereadora e também foi morto, foi levado para o cemitério de Inhaúma (zona norte), onde será sepultado.

Os corpos eram velados desde 14h30 desta quinta-feira, 15. A cerimônia foi restrita aos familiares e amigos das vítimas, mas milhares de pessoas se aglomeram ao redor do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara, na Cinelândia (região central do Rio), para homenagear a vereadora.

Desde o meio-dia, representantes de entidades da sociedade civil fizeram discursos cobrando uma investigação séria e rápida do caso. Ao final de cada discurso o nome de Marielle era gritado, seguido da palavra "presente".

O caso

O assassinato da vereadora na noite desta quarta-feira pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população.

Há oito dias, Marielle, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.

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