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Corpo de garoto morto em frente ao Habib's é exumado em SP

Peritos contratados pela família desconfiam de irregularidades no laudo do Instituto Médico Legal (IML)

Habib's: o laudo do IML apontou que a causa da morte foi parada cardiorrespiratória por uso de lança-perfume e cocaína (Roberto Setton/Site Exame)

Habib's: o laudo do IML apontou que a causa da morte foi parada cardiorrespiratória por uso de lança-perfume e cocaína (Roberto Setton/Site Exame)

AB

Agência Brasil

Publicado em 3 de abril de 2017 às 13h51.

Última atualização em 3 de abril de 2017 às 15h13.

O corpo de João Victor de Souza Carvalho, de 13 anos, que morreu em frente ao Habib's no dia 26 de fevereiro, foi exumado hoje (3) na capital paulista.

A família e testemunhas culpam dois funcionários da rede de restaurantes, que são vistos em imagens de câmera de segurança arrastando e abandonando o corpo do adolescente na calçada.

Laudo do Instituto Médico Legal (IML), no entanto, apontou que a causa da morte do adolescente foi parada cardiorrespiratória por uso de lança-perfume e cocaína.

Peritos contratados pela família, por sua vez, contestam essa versão e desconfiam de irregularidades no laudo. Segundo eles, o exame foi feito em menos de dois dias, quando o comum é que o procedimento dure até 15 dias.

A decisão da juíza Flávia Castellar Oliverio, da 2ª Vara do Júri, em Santana, autorizou a exumação do corpo, que foi feita hoje no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha. O corpo do adolescente foi levado ao IML Central, onde passará por novos exames periciais e laboratoriais.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), uma comissão com dois médicos legistas, dois auxiliares de necropsia, um diretor de radiologia e uma diretora de anatomia patológica vão examinar o corpo de João Victor. Dois assistentes técnicos que representam a família do jovem terão acesso aos procedimentos que incluem tomografia e coleta de DNA.

Francisco Carlos da Silva, advogado da família do adolescente, informou que a juíza determinou também a busca e apreensão dos vídeos da câmera de segurança e a reconstituição do caso, ainda sem data marcada.

"Do nosso ponto de vista, a polícia deveria ter apreendido as fitas após o ocorrido, e não esperar requerer na Justiça, a juíza determinar, esperar passar mais de um mês", disse. O advogado disse ainda que testemunhas vem sendo ameaçadas.

Em nota, o Habib's informou que respeita a decisão judicial e reafirmou que segue à disposição das autoridades, colaborando com as investigações em curso. Os dois funcionários envolvidos no caso estão afastados do trabalho.

*com informações da TV Brasil

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