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Corpo de Campos será enterrado em túmulo do avô

Miguel Arraes, que inspirou e introduziu o neto na vida política, morreu há nove anos, também num dia 13 de agosto


	Eduardo Campos: ex-governador de Pernambuco morreu nesta quarta-feira, aos 49 anos
 (PSB/Divulgação via Fotos Públicas)

Eduardo Campos: ex-governador de Pernambuco morreu nesta quarta-feira, aos 49 anos (PSB/Divulgação via Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 20h32.

Recife - O corpo do ex-governador e candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, será enterrado no mesmo túmulo do avô, o ex-governador Miguel Arraes, que morreu em 2005, no cemitério de Santo Amaro, na zona norte do Recife.

Arraes, que inspirou e introduziu o neto na vida política, morreu há nove anos, também num dia 13 de agosto, o que reforça uma mística em torno da tragédia que tirou a vida de Campos em meio a uma campanha presidencial.

Ainda sem confirmação de horário e dia do sepultamento, a informação foi dada pelo único irmão de Campos, Antonio Campos, em rápida entrevista, na tarde desta quarta-feira na casa da família do candidato.

"Perdi um irmão muito amado, um grande amigo", disse ele, ao contar ter conversado com o candidato às 6h59, antes da viagem para o cumprimento de agenda em Santos.

"Ele estava feliz com a participação positiva no Jornal Nacional". Campos havia dado entrevista na bancada do Jornal Nacional na noite desta terça-feira (12).

A viúva, Renata Campos, que era esteio e conselheira do marido, também compartilhou a satisfação dele com os amigos, familiares e políticos que a visitaram.

"Fui lá e fiz um gol", dizia ela, repetindo a frase dita por Campos ao comentar a entrevista, aos que lhe foram abraçar e prestar solidariedade.

Mesmo muitas vezes entre lágrimas, ela se mostrava serena e partilhava a felicidade do marido, expressa antes de embarcar no jatinho que o levou à morte. Renata se encontrava com o marido no Rio.

Enquanto ele foi para Santos, ela retornou ao Recife. Viajou em um voo comercial e ficou recolhida em casa. A família não falou com a imprensa.

"Não estava no script", lamentava ela, enquanto recebia, de pé, com um abraço, cada um que chegava à sua casa, na Rua Luiz da Mota Silveira, no bairro de Dois Irmãos, zona norte do Recife, onde mora desde o casamento.

Renata não saiu de perto dos cinco filhos e se revezava com os mais velhos nos cuidados com o caçula, Miguel, de sete meses. O casal se conheceu ainda criança e começou a namorar na adolescência.

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