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Corpo achado em escombros é de homem que Bombeiros tentavam resgatar

Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos, estava sendo socorrido quando prédio no centro de São Paulo desabou na última terça-feira (1º)

Desabamento: identificação da vítima foi possível após realização de exame com as impressões digitais (Leonardo Benassatto/Reuters)

Desabamento: identificação da vítima foi possível após realização de exame com as impressões digitais (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de maio de 2018 às 22h15.

Última atualização em 4 de maio de 2018 às 22h34.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) confirmou na noite desta sexta-feira, 4, que o corpo encontrado nesta tarde pelos bombeiros nos escombros do prédio que desabou no centro é de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos. O resgate da vítima foi impossibilitado por uma questão de segundos, de acordo com a corporação, na madrugada da terça-feira, 1, quando ele já estava amarrado a equipamentos de segurança quando o prédio desabou e o levou, matando-o de imediato.

Em nota, a SSP disse que a identificação foi possível após realização de exame com as impressões digitais feito pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta. "Ele estava, com certeza, embaixo de pelo menos dez lajes", explicou nesta tarde o comandante da operação de resgate, o bombeiro Max Mena. A localização do corpo, que foi retirado dos escombros, ainda dependia de uma confirmação oficial de identidade, mas as tatuagens no corpo já indicavam que se tratava de Ricardo.

"O corpo não está totalmente preservado. A cabeça da vítima ainda não foi localizada, nem todos os membros foram encontrados. O corpo demonstrou dilacerações decorrentes da queda, mas não vi nenhum sinal de queimaduras", explicou o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho.

A localização ocorreu após cães farejadores terem indicado um provável local às equipes de busca e resgate que trabalham há quase 96 horas na cena do desabamento, no Largo do Paiçandu, centro da capital paulista. A partir daí, máquinas e bombeiros removeram entulho até encontrar o corpo.

Os bombeiros ainda buscam por Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e seus dois filhos gêmeos (Welder e Wender, de 9 anos), que estariam no 8° andar do prédio. Também entraram na lista oficial de desaparecidos mais duas pessoas: Eva Barbosa Silveira, de 42 anos, e Valmir Souza Santos, de 47. No total, 49 pessoas não foram encontradas, mas não são consideradas oficialmente desaparecidas, já que não há confirmação de que elas estavam no prédio no momento do incêndio.

O prédio, de 24 andares, desabou durante um incêndio de grandes proporções no Largo do Paiçandu, no centro de São Paulo, na madrugada de terça-feira, 1º. Segundo a Polícia Civil, um curto-circuito em um barraco no 5º andar deu início ao incêndio.

A informação foi anunciada após a polícia localizar e ouvir a moradora Walkiria Camargo do Nascimento, que morava no apartamento onde o fogo começou. Segundo as investigações, havia um micro-ondas, uma geladeira e uma televisão conectados a uma única tomada, o que deu origem ao curto-circuito e, em seguida, a uma explosão.

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