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Corinthians retirará assentos provisórios logo após Copa

Segundo o dirigente André Sanchez, o estádio é mais "funcional" para 48 mil pessoas


	Itaquerão: o clube perde receita com mais lugares baratos no estádio
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Itaquerão: o clube perde receita com mais lugares baratos no estádio (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 07h49.

São Paulo - O Corinthians desistiu da ideia de manter as arquibancadas provisórias em seu estádio, o Itaquerão, até o final do ano.

Segundo Andrés Sanchez, ex-presidente do clube e responsável pelas obras em Itaquera, a intenção é começar a retirar a estrutura logo após o fim da Copa do Mundo.

O intuito é readequar a arena ao projeto original, pois, segundo o dirigente, o estádio é mais "funcional" para 48 mil pessoas do que para 68 mil, capacidade mínima exigida para receber a partida de abertura do Mundial.

Dois fatores pesaram na decisão: além de o estádio ficar mais bonito sem as arquibancadas superiores atrás dos gols, ele também gera menos receita mesmo com lugares provisórios a mais.

A situação foi verificada no último domingo. Na partida contra o Botafogo, o Corinthians teve uma renda de R$ 2,6 milhões com um público de 37.119 pagantes.

Já contra o Figueirense, quando as arquibancadas provisórias não foram usadas, a renda foi R$ 410 mil maior, mesmo com quase mil pessoas a menos. Na avaliação, ficou claro que o clube perde receita com mais lugares baratos no estádio.

Um outro ponto é que, por causa das arquibancadas provisórias, o clube não pôde instalar seus dois telões de altíssima definição, que ficariam no local onde elas foram construídas. E esses telões vão exibir anúncios e propagandas eletrônicas, o que gera mais receita ao Corinthians.

Outro dado é que os camarotes de festa também ficam inviabilizados com a estrutura móvel, impedindo o clube de lucrar com esses espaços nobres. Assim, na ponta do lápis, o Corinthians chegou à conclusão de que era melhor retirar logo a estrutura.

Outro ponto que foi debatido internamente é que, se for mantido o projeto original, o Itaquerão conseguirá atrair mais atenção de quem tem recursos, seja para a venda dos "naming rights" ou para as negociações de camarotes e cadeiras nos setores mais luxuosos do estádio, no prédio Oeste.

À reportagem, a assessoria do ex-presidente confirmou que Andrés Sanchez já tomou essa decisão. Antes, a ideia era manter essa estrutura por mais tempo, mesmo tendo de pagar aluguel pela manutenção das provisórias.

dirigente acredita que são necessários dois meses para remover essas arquibancadas e que isso não impedirá o time de mandar seus jogos no estádio.

Andrés Sanchez acha possível até utilizar a arena já no reinício do Campeonato Brasileiro, no dia 16 de julho, contra o Internacional (por enquanto, segundo informação da CBF, não há local definido para a realização desta partida).

A Fast Engenharia, empresa responsável pela instalação das arquibancadas, afirmou que é possível desmontar as duas provisórias em um período menor do que o estimado por Andrés Sanchez.

Ela lembra, ainda, que esse processo está incluído no preço da instalação (cerca de R$ 38 milhões, que foi bancado pela Ambev após negociações com o Governo do Estado).

ATRASO - A instalação das arquibancadas provisórias foi necessária para que o estádio recebesse a partida de abertura da Copa. Houve grandes reveses, como o acidente que matou um operário no setor Norte.

A entrega atrasou e a estrutura não foi testada a tempo do jogo de abertura da Copa. Mesmo assim, o Comitê Organizador Local (COL) não viu problemas nisso.

Nos últimos dias, a arquibancada provisória Norte passou pelo teste de dinâmica e carga de resistência. E nesta quarta-feira o Corpo de Bombeiros deve fazer a última vistoria para liberar as provisórias do setor Norte - as dos setor Sul foram testadas no jogo do último domingo contra o Botafogo.

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