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Corinthians nega que estádio irá ter nome de Lula

"Nem ele aceitaria um absurdo desses. Aqui não se faz politicagem", afirmou Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians

Estádio do Corinthians: o banco que fará o repasse dos recursos emprestados pelo BNDES ao Corinthians será definido até o fim do ano, segundo o time

Estádio do Corinthians: o banco que fará o repasse dos recursos emprestados pelo BNDES ao Corinthians será definido até o fim do ano, segundo o time

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2011 às 15h34.

São Paulo - O diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, negou neste sábado que o futuro estádio do Corinthians, na região de Itaquera, zona lesta de São Paulo, vá receber o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, torcedor declarado do time. "Nem ele aceitaria um absurdo desses. Aqui não se faz politicagem", afirmou Rosenberg, em entrevista concedida durante a festa de comemoração dos 101 anos de fundação do clube. Segundo ele, o nome do estádio ainda não foi escolhido. "Mas vai ter um nome e será muito caro", disse.

Rosenberg disse que o clube recebeu várias propostas de empresas interessadas em batizar o estádio e está avaliando as ofertas. "Temos falado com vários interessados e vamos trabalhar com cuidado. Em negociação, quem tem pressa sai perdendo", afirmou. De acordo com ele, várias empresas têm mostrado interesse em associar seu nome ao time, para ampliar presença nas camadas mais populares. Ele ressaltou, porém, que o Corinthians tem "limites éticos rígidos" e não aceitará qualquer proposta. "É claro que se nós recebermos uma proposta bilionária de uma empresa que patrocina jogo, não aceitaremos", disse.

Rosenberg negou que o estádio do Corinthians será concluído com recursos públicos. "Ajuda do BNDES, não houve nenhuma. Existe uma linha de financiamento para o empréstimo que o Corinthians vai pegar e pagar totalmente. Isso cobre integralmente o custo total da obra do estádio", afirmou.

O dirigente ressaltou, porém, que os aditivos ao contrato do estádio, para torná-lo apto a receber jogos da Copa do Mundo, devem ter seus custos compartilhados entre o Estado e a Prefeitura de São Paulo. "Não era um pleito do corintiano, mas um objetivo legítimo e rentável da sociedade paulistana e do Estado de São Paulo receber jogos da Copa", afirmou. "Consequentemente, que haja uma contribuição do governo para que esse estádio do Corinthians se transforme num estádio da abertura da Copa, é algo absolutamente legítimo que não privilegia em nada o Corinthians e que traz para Itaquera um polo de desenvolvimento extremamente necessário para a região mais intensamente habitada e com menos renda per capita de São Paulo", afirmou.

De acordo com Rosenberg, o banco que fará o repasse dos recursos emprestados pelo BNDES ao Corinthians será definido até o fim do ano.

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