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Corinthians assina contrato para financiar o Itaquerão

Desta forma, o time desata o nó da operação financeira que envolve o processo de construção do local que deverá ser o palco do jogo de abertura da Copa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 11h40.

São Paulo - Dois dias depois de um guindaste tombar no canteiro de obras do Itaquerão e matar dois operários, o Corinthians anunciou que assinou, na manhã desta sexta-feira, o contrato de financiamento de longo prazo do estádio. A acordo, firmado com a Caixa Econômica Federal, patrocinadora do clube, faz parte do Programa Pro-Copa Arenas.

Desta forma, o Corinthians finalmente desata o nó da operação financeira que envolve este processo de construção do local que deverá ser o palco do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 e que já passou dos 94% de conclusão.

O empréstimo do BNDES, no valor de R$ 400 milhões, foi liberado em uma transação intermediada pela Caixa. Ele faz parte da linha de financiamento Pro-Copa, que custeia estádios que serão usados no Mundial - o prazo para liberação dos empréstimos termina em dezembro.

Pelas regras do Pro-Copa, a verba do BNDES precisa ser liberada a um outro banco, que repassaria o dinheiro ao Corinthians e à Odebrecht, empreiteira responsável pela obra. Os parceiros inicialmente negociaram com o Banco do Brasil, mas as garantias oferecidas pelo clube e pela construtora não foram aceitas.

Por conta desse atraso no cronograma financeiro, a Odebrecht custeou o estádio com recursos próprios e empréstimos bancários tomados no mercado financeiro, com juros maiores do que os da linha de financiamento do BNDES. Esse foi o principal motivo para o custo original da obra, estimado em R$ 820 milhões, ter sido reajustado para pelo menos R$ 900 milhões.

Com a assinatura do contrato, chega a pelo menos R$ 3,882 bilhões o valor já liberado em financiamentos para construção de estádios da Copa. Este montante é ainda maior porque os 196,8 milhões relativos à Arena da Baixada, em Curitiba, não levam em conta impostos. Além do Itaquerão, o Maracanã, a Arena Amazônia, o Mineirão e a Arena Pernambuco chegaram ao teto de R$ 400 milhões em financiamentos.

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