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Copa eleva número de jatos executivos no Galeão

O novo sistema de adensamento de pátio implantado no aeroporto do Galeão registra a ocupação dos espaços por 260 jatos executivos, do começo da Copa até agora


	Galeão: ação multiplicou de 15 para 300 a capacidade de recepção de jatos executivos
 (Wilson Dias/Abr)

Galeão: ação multiplicou de 15 para 300 a capacidade de recepção de jatos executivos (Wilson Dias/Abr)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 11h02.

Rio de Janeiro - O Hangar a Céu Aberto, novo sistema de adensamento de pátio implantado no aeroporto do Galeão, registra a ocupação dos espaços por 260 jatos executivos, do início da Copa do Mundo até agora.

A proposta, inédita no Brasil, multiplicou de 15 para 300 a capacidade de recepção de jatos executivos do terminal, o que equivalem a quase 70% do somatório de toda a frota de aviões comerciais brasileiros.

O sistema foi apresentado aos setores de regulação e de segurança operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pela empresa C-Fly Aviation e sua parceira internacional Jet Aviation.

A Jet Aviation comprovou sua experiência no atendimento e adensamento de aeronaves em eventos como os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e de Londres, em 2012, e no Fórum Econômico Mundial deste ano, na Suíça, quando foram atendidos 794 jatos, dos quais 120 de chefes de Estado.

Após o atendimento às exigências da Anac, o projeto foi apresentado à Secretaria de Aviação Civil, às concessionárias privadas e à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Os processos e procedimentos operacionais foram traduzidos e adaptados para cumprir os requisitos brasileiros.

As duas empresas são responsáveis pela modelagem de atendimento a jatos executivos no Galeão.

Na partida desta tarde entre a França e a Alemanha, a expectativa é que todas as 300 vagas para jatos executivos serão ocupadas principalmente por investidores estrangeiros, muitos dos quais vêm ao Brasil pela primeira vez, disse à Agência Brasil o diretor da C-Fly Aviation, Francisco Lyra.

Para ele, “este talvez seja o maior legado da Copa do Mundo para o país. É uma grande oportunidade para que eles [investidores] formem uma opinião positiva a respeito do Brasil”.

Lyra lembrou que, quando a presidente Dilma Rousseff participou do fórum, em Davos, Suíça, convidou os empresários presetes ao encontro para conhecer o Brasil como um possível destino de investimentos diretos externos.

“Quando eles aceitam, precisamos recebê-los muito bem, e não dizer que não tem vaga para o avião deles”, ressaltou.

Ele espera atividade será intensa nesta sexta-feira, porque França e Alemanha são duas seleções importantes no mundo, representam grandes economias.

Para a partida final da Copa, no dia 13, foram feitas 30 pré-reservas de empresários brasileiros que querem assistir à partida no Rio, “se o Brasil for jogar”. Lyra destacou que toda Copa do Mundo tem essa dinâmica, porque os finalistas só são conhecidos quatro dias antes.

“Nessa hora, vira uma loucura.”

O estacionamento no Hangar a Céu Aberto custa US$ 2,5 mil pelo período de 24 horas. Parte do valor é cobrada pelo aeroporto.

A tarifa é semelhante à cobrada no Luton, aeroporto executivo de Londres, informou a assessoria de imprensa das gestoras do sistema.

“Espero que todos [os executivos] saiam [do Brasil] com a imagem de um país acolhedor, porque o investidor produtivo não age pela internet. Esse tipo de investidor vai pessoalmente, é presencial. Antes de definir onde vai construir uma fábrica, ele vai conhecer todos os locais. É uma oportunidade extraordinária de causar boa impressão, e o Rio de Janeiro, nesse aspecto, está dando uma boa acolhida”, afirmou Lyra.

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