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Convenção tucana deve consagrar Alckmin como líder do partido

ÀS SETE - Governador paulista assumirá a presidência, controlará vagas e orçamento e deve consolidar sua caminhada para sua candidatura ao Planalto

Geraldo Alckmin: com a cena pintada, espera-se saber se Alckmin deixará de lado o estigma de “picolé de chuchu” (Germano Lüders | EXAME/Site Exame)

Geraldo Alckmin: com a cena pintada, espera-se saber se Alckmin deixará de lado o estigma de “picolé de chuchu” (Germano Lüders | EXAME/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 06h49.

Última atualização em 8 de dezembro de 2017 às 07h37.

Os comandantes do PSDB se reúnem em Brasília neste fim de semana para definir o que fazer da vida. A convenção do partido acontece neste sábado 9 e será palco de coroação do grão-tucano da vez, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Ele assumirá a presidência, controlará vagas e orçamento do partido, além de consolidar o que deve ser a caminhada para a candidatura à Presidência da República.

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O domínio de Alckmin é tamanho que seu nêmesis, o senador Aécio Neves (MG), corre o risco de nem aparecer.

O mineiro, queimado pelas acusações de corrupção por pedir 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista, do grupo J&F, fez um discurso na última reunião da Executiva do PSDB para se defender e pedir “clareza” nas posições políticas da sigla.

“Não há espaço para concessões. Defendo posição fechada. Pior do que a reforma [da Previdência] ser aprovada sem os votos do PSDB, é ela não ser aprovada por falta dos votos do PSDB”, disse.

O próprio governador paulista defendeu posicionamento mais incisivo do partido, mas agora não terá que dividir palanque com outro nome de expressão.

A pedra no sapato será o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que quer disputar prévias com Alckmin pela candidatura ao Planalto e exige espaços iguais ao governador na convenção.

O prefeito também faz lobby pela mudança da forma de votação das possíveis prévias, aumentando a participação dos filiados, que teriam peso semelhante a qualquer membro da Executiva. O presidente interino da legenda, Alberto Goldman, é contra.

Com a cena pintada, espera-se saber se Alckmin deixará de lado o estigma de “picolé de chuchu”. Aliados do governador disseram à reportagem que essa será a hora de “repaginar” o governador para 2018. Ainda preocupa a posição nas pesquisas de intenção de voto.

Nos melhores cenários, o tucano chega a 12% da preferência dos entrevistados. Há outros, contudo, em que não passou de 6%.

Há expectativa para que Alckmin atraia rápido os votos antes dedicados a Luciano Huck, que desistiu da candidatura, e do prefeito João Doria, que perdeu tração.

Alckmin terá, no sábado, um palanque para mostrar a que veio.

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