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Controlar quer manter inspeção até 31 de janeiro

A empresa afirma que só neste ano 1,4 milhão de veículos deixarão de fazer o serviço, estimativa quase cinco vezes maior que a da Prefeitura de São Paulo


	Carros passam por inspeção veicular em São Paulo: a Prefeitura criou um site em que pessoas que já pagaram pelo serviço podem pedir o reembolso
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Carros passam por inspeção veicular em São Paulo: a Prefeitura criou um site em que pessoas que já pagaram pelo serviço podem pedir o reembolso (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 09h54.

São Paulo - A Controlar entrou com uma ação cautelar para manter o serviço de inspeção veicular pelo menos até 31 de janeiro. A empresa afirma que só neste ano 1,4 milhão de veículos deixarão de fazer o serviço, estimativa quase cinco vezes maior que a da Prefeitura de São Paulo, que anunciou o fim do contrato e suspensão do serviço na sexta-feira, 11.

"O número de veículos que deixarão de realizar a inspeção ambiental veicular na cidade não é de 300 mil e sim 1.141.198, e 221.982 já recolheram a tarifa", afirma a empresa, por meio de nota. De acordo com a Controlar, havia 18.700 veículos agendados para ontem, 14, e 67.276 veículos a serem analisados nos próximos 15 dias.

A Prefeitura criou um site em que pessoas que já pagaram pelo serviço podem pedir o reembolso. Só os que fizeram o pagamento e não agendaram, um total de 221.982 veículos, terão de esperar. Na página da internet, a administração diz que essas pessoas devem manter o documento para apresentar "quando solicitado". No entanto, não dá prazo para que isso seja feito.

Na manhã de ontem, a primeira após o fim da inspeção, 16 postos amanheceram fechados e com uma faixa informando sobre a suspensão do serviço. No posto da Avenida Engenheiro Caetano Álvares, na zona norte, funcionários da empresa orientavam os motoristas que ainda não sabiam da suspensão e ocupavam o tempo fazendo faxina.

Acusações. A empresa acusa a gestão de Fernando Haddad (PT) de criar "uma cortina de fumaça para enfrentar a manifestação popular que deveria tomar as ruas na sexta-feira para protestar contra o alardeado aumento do IPTU".

A Controlar afirma que ficou sabendo da decisão da Prefeitura pela imprensa e a cidade amanheceu já na sexta com faixas avisando sobre a suspensão, antes mesmo de um comunicado oficial sobre o assunto. Na ação, a Controlar ainda sugere estar sendo perseguida pela administração petista. "Há uma dezena de ações fiscalizadoras das mais estranhas razões, sempre buscando a deliberada caracterização de defeito na prestação do serviço", sustentaram os advogados da empresa.

Até o início da noite de ontem, a Justiça ainda não havia se manifestado sobre a ação cautelar movida pela Controlar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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