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Contra isolamento, Marina faz seu próprio horário eleitoral

Assim como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), a ex-senadora sofre para fechar acordos.

Marina Silva: seu nome dos sonhos para vice é do doutor em economia Ricardo Paes de Barros, um dos mais renomados especialistas em desigualdade social do país (Marina Silva/Reprodução)

Marina Silva: seu nome dos sonhos para vice é do doutor em economia Ricardo Paes de Barros, um dos mais renomados especialistas em desigualdade social do país (Marina Silva/Reprodução)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 26 de julho de 2018 às 06h20.

Última atualização em 26 de julho de 2018 às 07h47.

Enquanto fervem as reuniões de formação das coligações para as eleições, a ex-senadora Marina Silva (Rede), uma das líderes nas pesquisas, ainda não mostrou seu plano para fortalecer a chapa. Sem aliados, a candidatura está fadada a ter tempo mínimo na TV e poucos cabos eleitorais nos rincões do Brasil para manter os quase 15% de intenções de voto que mostrou nas pesquisas recentes. Nesta quinta-feira, ela tenta driblar os problemas com mais uma transmissão ao vivo pelas redes sociais com seu próprio “horário eleitoral gratuito”.

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Assim como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), a ex-senadora sofre para fechar acordos. Seu “diferencial” será tentar compor uma chapa  com vice-presidente estrelado. O nome dos sonhos é do doutor em economia Ricardo Paes de Barros, um dos mais renomados especialistas em desigualdade social do país. A bandeira atenderia ao desejo de “aliança programática” que Marina tanto bate na tecla, mas não lhe daria capilaridade alguma para espalhar suas ideias.

Na outra ponta — daqueles com estrutura eleitoral, mas sem grande sucesso de público —, a coligação de Geraldo Alckmin (PSDB) deve ser oficializada nesta quinta-feira sem o nome de um vice-presidente. Ontem o partido fechou com mais um aliado de peso, o DEM. Josué Alencar (PR-MG) pulou fora e o ex-ministro Mendonça Filho (DEM-PE) aparece como favorito. A esperança é de que o ex-governador de São Paulo se aproveite da estrutura do DEM no Nordeste, região que é o calcanhar de Aquiles do tucano.

O PT, que nem o cabeça de chapa tem definido, também faz ofensiva nesta quinta-feira em busca do PSB. A tentativa é de esvaziar Ciro Gomes (PDT), que estava próximo de fechar a parceria. Se perder o braço-de-ferro, o pedetista será mais um dos isolados na campanha. Terá de apelar, como Marina, aos meios criativos de campanha e torcer para dar certo.

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