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Consulta por reforma política tem mais de 7 milhões de votos

A votação feita entre os dias 1º e 7 de setembro faz parte de uma campanha organizada por movimentos sociais para a convocação de Assembleia Constituinte


	Congresso: votação, que na prática é uma consulta, é para pressionar o Congresso
 (Pedro França/Agência Senado)

Congresso: votação, que na prática é uma consulta, é para pressionar o Congresso (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 18h16.

São Paulo - Participaram do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político 7,75 milhões de pessoas, segundo o resultado divulgado hoje (24).

Desse total, 6,95 milhões votaram em urnas físicas e 1,74 milhão pela internet.

As manifestações favoráveis à convocação de uma assembleia exclusiva para reforma política somaram 97,05% do total, as contrárias, 2,57% e 0,38% foram votos brancos e nulos.

A votação feita entre os dias 1º e 7 de setembro faz parte de uma campanha organizada por movimentos sociais para a convocação de uma Assembleia Constituinte para fazer alterações nas leis referentes ao sistema político.

A votação, que na prática é apenas uma consulta, é uma forma de pressionar o Congresso Nacional para a convocação de um plebiscito com valor legal sobre o tema.

“A estrutura do poder político no Brasil e suas 'regras de funcionamento' não permitem que se avance para mudanças profundas. Apesar de termos conquistado o voto direto nas eleições, existe uma complexa teia de elementos que são usados nas campanhas eleitorais que 'ajudam' a garantir a vitória de determinados candidatos”, diz o texto que explica a proposta na página do plebiscito popular.

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, disse que o resultado da campanha foi uma vitória para os movimentos sociais.

“Nós acreditamos que esse resultado do plebiscito demonstra que há apoio popular para que possamos construir uma nova constituinte exclusiva”, ressaltou ao apresentar os resultados.

Segundo Rodrigues, a campanha conseguiu superar uma série de dificuldades.

“Tivemos que lutar contra um boicote da grande mídia, que boicotou a comunicação do plebiscito durante todo o tempo. Tivemos que fazer a campanha durante um período eleitoral, quando outros temas estavam na pauta”, disse sobre fatores que contribuíram para que o movimento não tivesse uma adesão maior.

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