Construção: com o adiamento dessas entregas, os recursos e equipamentos continuam nos canteiros de obras, mas sendo utilizados parcialmente (Alexandre Battibugli/Exame)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2015 às 13h30.
A construção civil operou com a menor capacidade já registrada. A utilização da capacidade de operação do setor ficou em 58% no mês passado, em média.
Esse foi o menor percentual da série histórica, iniciada em 2012, de acordo com a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) hoje (25).
Segundo a CNI, o crescimento da ociosidade deve-se à ampliação dos prazos de entregas das obras devido aos problemas financeiros dos clientes.
Com o adiamento dessas entregas, os recursos e equipamentos continuam nos canteiros de obras, mas sendo utilizados parcialmente.
Além disso, conforme a confederação, os empresários estão sendo surpreendidos por quedas mais intensas da demanda do que as previstas.
O nível de atividade em relação ao usual para o mês, que assinalou 28,5 pontos em julho, registrou 27,2 pontos em agosto.
O índice varia de zero a 100 pontos e valores abaixo de 50 pontos indicam atividade abaixo do usual.
De acordo com a CNI, a baixa atividade continua contribuindo para a queda no emprego do setor, cujo indicador se mantém abaixo da linha dos 50 pontos.
O índice de número de empregados registrou 34,7 pontos em agosto, ante 36 pontos em julho, sinalizando que a retração do mercado de trabalho também se intensificou.
O índice de expectativa sobre o nível de atividade ficou em 39,5 pontos, o de novos empreendimentos e serviços, em 37,9 pontos, o de compras de matérias-primas e insumos recuou para 37,1 pontos e o de número de empregados, 37,3 pontos.
O índice de intenção de investimento na construção caiu para 26 pontos, o mais baixo da série que começou em novembro de 2013. Quanto menor o indicador, mais baixa é a intenção de investimento.