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Consórcio pede água para evitar mortandade no Piracicaba

Vazão do Rio Piracicaba voltou a baixar para 26,40 m3, provocando a formação de espuma próximo à área urbana


	Rio Piracicaba e a cidade de mesmo nome: nível do rio está 72% menor que a média histórica deste período
 (Wikimedia Commons)

Rio Piracicaba e a cidade de mesmo nome: nível do rio está 72% menor que a média histórica deste período (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 20h41.

Sorocaba - A vazão do Rio Piracicaba, um dos formadores do Sistema Cantareira, voltou a baixar para 26,40 m3 nesta segunda-feira, 7, em Piracicaba, provocando a formação de espuma próximo à área urbana. O Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) já pediu ao grupo de gestão do sistema um aumento na vazão liberada para o interior.

O nível do rio está 72% menor que a média histórica deste período. De acordo laudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a baixa vazão pode causar um desastre ambiental, com nova mortandade de peixes. Em fevereiro, milhares de peixes morreram em razão da queda no nível do rio e da baixa disponibilidade de oxigênio na água.

O Sistema Cantareira, que divide a água dos rios formadores com cidades das regiões de Campinas e Piracicaba, voltou a baixar nesta segunda-feira, caindo para 12,9% da capacidade, novo recorde negativo. Até o final da tarde, não havia retorno sobre uma alteração na vazão liberada para as bacias do PCJ.

No próximo dia 25, o Consórcio PCJ vai realizar o manifesto "Salvem o Cantareira - Água para Todos", no município de Piracaia. A concentração ocorrerá na estrada para Joanópolis, na ponte sobre um dos braços do reservatório Jaguari/Jacareí, o principal do Sistema Cantareira e que, segundo os organizadores, está totalmente seco.

De acordo com o presidente do Conselho Fiscal co consórcio, Julinho Lopes, o manifesto pretende chamar a atenção do poder público e da sociedade para a crise hídrica e a segurança do abastecimento público, industrial e agrícola das regiões de Campinas e da Grande São Paulo - que dependem da água do Sistema Cantareira. Os manifestantes vão exigir que a Região Metropolitana de São Paulo reduza a dependência do sistema e assegure maior vazão para os rios que abastecem o interior.

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