CBMM é a maior produtora mundial de nióbio, um metal raro necessário para produção de aço de alta qualidade (Divulgação/Honda)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2011 às 06h46.
Seul - Um consórcio formado por dois grupos da Coreia do Sul e quatro do Japão planeja adquirir 15% da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) por US$ 1,94 bilhão, informaram fontes do setor nesta quinta-feira.
Pelo lado sul-coreano, integram o consórcio o Serviço Nacional de Previdência (NPS), o quarto fundo de previdência do mundo, e a siderúrgica Posco, que ficariam com 5% da CBMM sob o desembolso de US$ 350 milhões cada uma, segundo fontes industriais citadas pela agência sul-coreana "Yonhap".
Já pelo lado do Japão as siderúrgicas Nippon Steel e JFE Steel Corporation, a casa comercial Sojitz e a empresa pública Japan Oil, Gás & Metals National, investiriam no total cerca de US$ 1,24 bilhão para ficar com 10% da companhia brasileira, indicou por sua vez a agência japonesa "Kyodo".
A CBMM é, com uma fração de mercado de 87%, a maior produtora mundial de nióbio, um metal raro necessário para produção de aço de alta qualidade, mais resistente e leve, utilizado na indústria aeroespacial e na de motor.
Sua principal jazida se encontra na cidade de Araxá, em Minas Gerais.
Para as siderúrgicas japonesas a aquisição contribuiria para assegurar a provisão de nióbio para sua produção, enquanto o fundo de previdência sul-coreano espera gerar lucro e abrir seus negócios a outras áreas.