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Conselho não faltou ao país, diz relator contra Cunha

"O Conselho de Ética não faltou ao País", comemorou o relator Marcos Rogério após o pedido de cassação de Eduardo Cunha ser aprovado


	O relator Marcos Rogério fala durante a leitura do parecer sobre o processo de cassação de Eduardo Cunha: "o Conselho de Ética não faltou ao País"
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

O relator Marcos Rogério fala durante a leitura do parecer sobre o processo de cassação de Eduardo Cunha: "o Conselho de Ética não faltou ao País" (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 19h25.

Brasília - O final da sessão desta terça-feira, 14, no Conselho de Ética que aprovou o pedido de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi marcado por um clima de alívio com o término de um processo que se arrastava por 225 dias no colegiado.

"O Conselho de Ética não faltou ao País", comemorou o relator Marcos Rogério (DEM-RO).

O relator considerou que os conselheiros votaram com a contundência das provas, disse que não se surpreendeu com o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) pela perda do mandato, mas que não esperava a mudança de lado de última hora do deputado Wladimir Costa (SD-PA). O deputado, até o último instante, defendeu Cunha por ele ter dado início ao processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Tanto Tia Eron como Costa deixaram o conselho às pressas e não comentaram seus votos.

"Nem tudo está perdido, tem pessoas que zelam pela ética", comentou Rogério. Para o relator, hoje o colegiado virou uma "página histórica". "É um momento histórico para o conselho e para o Brasil", emendou.

Emocionado, o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), disse que encerrava o processo com a sensação de dever cumprido e que não gostaria de ter dado o voto de minerva. Para ele, o placar pela cassação mostrou que a consciência falou mais alto aos deputados hoje. "Contra fatos, não há argumentos", concluiu.

Para Rogério, mesmo que Cunha queira recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), após a aprovação do parecer, não há risco de mudança da votação no conselho. "Agora não cabem manobras. A CCJ não pode desfazer a decisão de mérito", afirmou.

Nesta tarde, votaram à favor de Cunha (contra a cassação): Alberto Filho (PMDB-MA), André Fufuca (PP-MA), Mauro Lopes (PMDB-MG), Nelson Meurer (PP-PR), Sérgio Moraes (PTB-RS), Washington Reis (PMDB-RJ), João Carlos Bacelar (PR-BA), Laerte Bessa (PR-DF) e Wellington Roberto (PR-PB).

Votaram a favor do pedido de cassação, além do relator: Paulo Azi (DEM-BA), Tia Eron (PRB-BA), Wladimir Costa (SD-PA), Leo de Brito (PT-AC), Valmir Prascidelli (PT-SP), Zé Geraldo (PT-PA), Betinho Gomes (PSDB-PE), Júlio Delgado (PSB-MG), Nelson Marchezan Jr (PSDB-RS) e Sandro Alex (PSD-PR).

A sessão terminou com grupos comemorando a aprovação do parecer. Havia gritos de guerra e cartazes com os dizeres: "Antes tarde do que Cunha", "Justiça" e "Fora Cunha, cassação já".

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