José Carlos Araújo (PSB-BA), presidente do Conselho de Ética da Câmara, durante reunião sobre cassação de Eduardo Cunha (Antônio Cruz/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2016 às 15h39.
Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 13h27.
São Paulo – O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vota nesta terça-feira (14) o relatório que pede a cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB).
A sessão estava marcada para a última terça-feira (7), mas foi adiada pelo presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA). O deputado atendeu pedido do relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), que demandou mais tempo para análise de pena alternativa a Cunha em caso de rejeição a seu relatório.
A proposta foi apresentada pelo deputado federal João Carlos Bacelar (PR-BA), sugerindo que Eduardo Cunha seja punido com a suspensão do mandato por três meses. A medida faria pouco sentido, já que Cunha foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal por tempo indeterminado.
A alternativa de Bacelar só será considerada se o relatório de Marcos Rogério for derrotado na votação e o presidente do Conselho indicar o deputado para relator do voto vencedor.
O adiamento, porém, nada mais foi que uma manobra protelatória articulada por presidente e relator, por conta da ausência da deputada federal Tia Eron (PRB-BA) na sessão — ato típico dos apoiadores de Cunha.
A parlamentar baiana detém em suas mãos o voto que decidirá se Cunha mantém seu mandato, com o arquivamento dos trabalhos, ou se a votação segue para plenário. As estimativas no Conselho é que Cunha tenha, excluindo o tento da deputada, 10 votos a seu favor e nove contra e, em caso de empate, o presidente do Conselho dará voto de minerva em favor da cassação.
Acompanhe a transmissão da sessão ao vivo abaixo.