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Conselho de Ética pode votar hoje processo contra Cunha

O desfecho, no entanto, pode ocorrer apenas nesta quarta (8) ou quinta, caso os debates se estendam por horas e seja iniciada a Ordem do Dia no plenário da Casa


	Eduardo Cunha: ele é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome
 (Valter Campanato / Agência Brasil)

Eduardo Cunha: ele é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome (Valter Campanato / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2016 às 09h13.

Os 21 integrantes do Conselho de Ética da Câmara começam a discutir hoje (7) o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) sobre o processo contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O relatório é favorável ao afastamento de Cunha, presidente afastado da Câmara. O documento foi apresentado na reunião da última quarta-feira (1º), mas um pedido de vista conjunta adiou a discussão para hoje.

O desfecho, no entanto, pode ocorrer apenas nesta quarta (8) ou quinta-feira, caso os debates se estendam por horas e seja iniciada a Ordem do Dia no plenário da Casa, o que impede que qualquer votação ocorra nas comissões.

Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar.

O deputado, que foi o responsável pela sua defesa no colegiado em 19 de maio, negou ser o titular e afirmou que é apenas beneficiário dos recursos advindos de trustes. Ele que essa situação ficou “comprovada na instrução do processo no conselho”. Votação

O parlamentar aposta na rejeição do relatório. Pelas contas de assessores do conselho, Cunha tem dez votos a favor e ficaria nas mãos da deputada Tia Eron (BA), que substituiu Fausto Pinato (PRB-SP) no colegiado, provocando a reação dos parlamentares contrários a Cunha que consideraram a troca como uma estratégia para reforçar o apoio ao acusado.

Se a deputada votar a favor da cassação, o placar empatado por 10 a 10 pode ser definido pelo presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA). Tia Eron, no entanto, pode também pesar a balança a favor de Cunha, totalizando 11 votos a favor.

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