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Conselho de Ética decide arquivar representação contra Aécio

A representação que pede a abertura do processo por quebra de decoro foi apresentada pelo PT logo após o STF ter afastado Aécio do mandato

Aécio: o tucano nega que o dinheiro seja propina (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Aécio: o tucano nega que o dinheiro seja propina (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de outubro de 2017 às 20h00.

O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), decidiu arquivar, nesta terça-feira, 24, representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar.

João Alberto alega que acatou sugestão da Advocacia-Geral da Casa. A decisão ainda cabe recurso, que deverá ser assinado por, pelo menos, cinco membros. 

"A opinião da Advocacia foi de não conhecer a peça, tendo em vista que era uma reedição da (representação) que já tinha sido arquivada. Se pudesse fazer isso, daqui a pouco processos passados poderiam ser novamente questionados, então a Advocacia optou pelo não reconhecimento", justificou o presidente do Conselho à reportagem.

A representação que pede a abertura do processo por quebra de decoro foi apresentada pelo PT no início do mês, logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter afastado Aécio do mandato. A decisão da Corte acabou barrada pelo plenário do Senado na semana passada e o tucano retomou às atividades parlamentares. 

O PT pede que os senadores analisem se Aécio quebrou decoro parlamentar ao ser flagrado em conversa na qual pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS.

O tucano nega que seja propina e alega que pediu o dinheiro emprestado para pagar sua defesa na Operação Lava Jato. No STF, Aécio é investigado por corrupção passiva e obstrução de Justiça.

Esta é a segunda vez que João Alberto arquiva representação contra Aécio este ano. Em junho, o parlamentar indeferiu outro pedido de cassação contra o tucano com base no mesmo episódio.

Na ocasião, ele alegou "falta de provas". Agora, justifica que não há fato novo para a representação ser apresentada.

Há cerca de quatro meses, após decisão de João Alberto pelo indeferimento da representação, cinco senadores reuniram assinaturas no Conselho de Ética para apresentar recurso, porém o pedido foi derrotado pela maioria dos integrantes do colegiado.

Agora, será preciso o mesmo número de assinaturas para que um recurso seja apresentado.

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