Brasil

Conselho de Ética abre processo contra Eduardo Bolsonaro

O deputado Éder Mauro (PSD-PA) também sofre um processo. Tanto ele quanto Bolsonaro são acusados por atos contra Jean Wyllys

Eduardo Bolsonaro: o partido pede a punição do parlamentar por ele ter cuspido nas costas de Jean Wyllys na mesma sessão, em 17 de abril de 2016 (Facebook oficial/Divulgação)

Eduardo Bolsonaro: o partido pede a punição do parlamentar por ele ter cuspido nas costas de Jean Wyllys na mesma sessão, em 17 de abril de 2016 (Facebook oficial/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de maio de 2017 às 19h19.

O Conselho de Ética da Câmara instaurou hoje (17) processos por quebra de decoro contra os deputados Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e Delegado Éder Mauro (PSD-PA).

São dois processos contra Bolsonaro e um em desfavor de Éder Mauro. Todas as representações envolvem atos praticados contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).

Nesta quarta-feira, o presidente do conselho, Elmar Nascimento (DEM-BA), fez o sorteio de três membros do conselho para cada processo, entre aqueles que não são do mesmo partido dos representantes ou dos representados, nem dos mesmos estados.

O presidente informou que a definição dos relatores de cada representação será feita até terça-feira (23).

Representações

O PT apresentou as duas representações contra Eduardo Bolsonaro, filho do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que anteriormente havia protagonizado um procedimento contra Wyllys no Conselho de Ética.

Na ocasião, Wyllys foi acusado de quebrar o decoro por ter cuspido em direção a Jair Bolsonaro na sessão de votação da admissibilidade do processo de impeachment da então presidenta, Dilma Rousseff.

Ao final do processo, Wyllys recebeu uma censura escrita pelo ato.

A representação do PT tem o mesmo objeto. O partido pede a punição a Eduardo por ele ter cuspido nas costas de Jean Wyllys na mesma sessão, em 17 de abril de 2016.

O relator desse processo será escolhido entre os deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS), Ronaldo Lessa (PDT-AL) e João Marcelo Souza (PMDB-MA).

Na outra representação, Eduardo Bolsonaro é apontado como responsável pela edição fraudulenta de um vídeo, depois publicado na internet, que teria o objetivo de prejudicar Jean Wyllys.

O vídeo mostraria que Wyllys teria agido de forma premedita quando cuspiu em Jair Bolsonaro.

A relatoria dessa representação ficará com um dos três deputados: Cacá Leão (PP-BA), João Marcelo Souza (PMDB-MA) ou Cabuçu Borges (PMDB-AP).

O processo instaurado contra o deputado Éder Mauro é baseado em uma representação da Mesa Diretora da Câmara, fundamentada em processo da Corregedoria da Câmara.

O deputado teria publicado, em sua página do Facebook, vídeo editado com parte de pronunciamento de Jean Wyllys durante reunião da CPI que apura a violência contra jovens negros e pobres no Brasil, descontextualizando a fala do parlamentar do PSOL.

O relator será escolhido entre os deputados Ronaldo Martins (PRB-CE), Cacá Leão (PP-BA) e Carlos Marun (PMDB-MS).

Aos relatores que forem designados caberá a apresentação de um parecer preliminar com base na representação sobre o prosseguimento ou não da investigação.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosImpeachmentImpeachment de Dilma RousseffJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF