Brasil

Conselheiro mantém promotor que apura tríplex de Lula

O conselheiro decidiu suspender a decisão que acabou por suspender o depoimento que o ex-presidente e sua esposa Marisa Letícia dariam ao promotor


	Suposto tríplex de Lula: a distribuição dos processos no MP/SP será feita livremente com base no princípio do promotor natural
 (Reprodução Google Street View)

Suposto tríplex de Lula: a distribuição dos processos no MP/SP será feita livremente com base no princípio do promotor natural (Reprodução Google Street View)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 15h30.

Brasília - O conselheiro Valter Shuenquener, do Conselho Nacional do Ministério Público Federal, decidiu hoje (23) manter o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP/SP), Cássio Roberto Conserino, na investigação na qual o MPSP apura supostas irregularidades na compra de uma cota de um apartamento tríplex, no município paulista de Guarujá, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No voto, o conselheiro decidiu por suspender a decisão que tomou semana passada que acabou por suspender o depoimento que o ex-presidente e sua esposa Marisa Letícia dariam ao promotor.

A suspensão dos depoimentos atendeu a uma representação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que acusava o promotor Cássio Cesarino de ter feito um prejulgamento de sua decisão ao dar entrevista a uma revista de circulação nacional antes mesmo de ouvir os depoimentos.

O deputado alega também que o promotor extrapolou as suas prerrogativas funcionais e que o caso não foi distribuído corretamente.

Ainda no voto, o conselheiro pediu também que a corregedoria do MP/SP apure se houve ou não excesso nas declarações do promotor perante a imprensa.

O relator disse, ainda, que é necessário que, a partir de agora, a distribuição dos processos no MP/SP seja feita livremente com base no princípio do promotor natural.

“Em observância ao princípio do promotor natural, voto no sentido de que  que todo e qualquer procedimento de investigação criminal no âmbito do MP de São Paulo seja distribuído livremente entre os membros que tenham competência para apreciá-lo”, disse ao final do voto, lembrando que isso alcançaria somente os novos processos.

O conselheiro fechou seu voto dizendo que a liminar concedida na semana passada fica prejudicada.

Acompanhe tudo sobre:PersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilLuiz Inácio Lula da SilvaMinistério Público

Mais de Brasil

Explosão provoca destruição em imóveis e deixa feridos na Zona Leste de SP

Chuva forte e novos temporais são esperados para fim de semana no Paraná

Lula cobra empenho de ministros na aprovação de projetos para segurança

Barroso lista três 'virtudes' que espera de seu substituto no STF